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BNDES prefere investir em aéreas americanas do que brasileiras, diz CEO da Azul

Aeroporto Santos Dumont
John Rodgerson criticou a política de investimentos do BNDES que prioriza companhias aéreas americanas em vez de brasileiras. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Os investimentos estrangeiros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), feitos com dinheiro do Tesouro, são alvos de críticas do CEO da companhia aérea Azul, John Rodgerson. Ele afirmou, nesta sexta (15), que o banco tem falhado em promover o desenvolvimento da aviação nacional ao preferir fechar parcerias com empresas norte-americanas em vez de oferecer linhas de crédito para as companhias brasileiras.

Rodgerson afirmou que, nos últimos anos, o BNDES privilegiou parcerias com a American Airlines e a Fedex, empresas estrangeiras já competitivas devido a subsídios do governo norte-americano.

“Nos últimos dois, três anos, o BNDES financiou empresas americanas, mas nenhuma empresa brasileira de aviação. Então imaginem isso: nossos impostos estão financiando ativos para a American Airlines, para a Fedex, para essas empresas subsidiadas pelo governo deles, e aqui zero para as empresas brasileiras. Eles estão financiando o país errado”, disparou o executivo.

"Loucura" de políticas do banco para a aviação brasileira

Ainda de acordo com ele, o BNDES deveria direcionar recursos para empresas que geram empregos no Brasil em vez de favorecer para aquelas que já recebem forte ajuda do governo norte-americano. Rodgerson afirma que a condução das políticas econômicas do banco para a aviação no Brasil é uma “loucura”.

“Eu acho que o BNDES deve financiar a Azul, a Gol, a Latam, porque nós estamos ajudando o Brasil, criando empregos no Norte, no Nordeste. Mas, financiar uma empresa aérea dos Estados Unidos, poxa, que loucura”, completou.

O executivo da Azul Linhas Aéreas foi além e apontou que o acesso a linhas de crédito é um dos três maiores desafios enfrentados pela aviação civil no Brasil, juntamente com as altas taxas de judicialização no setor e o preço do combustível de aviação, considerado o mais caro do mundo.

Rodgerson expressou preocupação, ainda, com a falta de apoio do BNDES às empresas nacionais, destacando a importância do financiamento para o crescimento e a sustentabilidade do setor no país.

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