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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já tem garantia de 70% dos recursos necessários para 2009, quando pretende desembolsar cerca de R$ 100 bilhões. A informação é do presidente da instituição, Luciano Coutinho. De acordo com ele, este ano os desembolsos do banco até novembro somam cerca de R$ 80 bilhões. Ele manteve a estimativa de financiamentos em 2008 em torno de R$ 90 bilhões.

"Está tudo caminhando bem. Estamos, em várias frentes, obtendo recursos", afirmou Coutinho, que participou da abertura do "Seminário internacional sobre concessão de aeroportos", realizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), em um hotel da zona sul do Rio.

Entre algumas das fontes de recursos, citou o Tesouro Nacional, Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e o apoio de organismos multilaterais, como o Banco Mundial (Bird). Na quarta-feira, o governo anunciou a liberação de US$ 2 bilhões para o BNDES, obtidos do Bird. Segundo Coutinho, esses recursos vão entrar no caixa do banco no ano que vem.

O presidente do BNDES destacou que o banco já tem colaborado com o pacote que o governo está elaborando para minimizar os efeitos da crise mundial. Como resultado desse apoio, enfatizou o volume crescente de investimentos no País, principalmente em infra-estrutura. "Como o BNDES é o principal financiador e muitas vezes o principal articulador com o setor privado, então teremos um papel fundamental nesse processo e vamos cumprir esse papel com determinação".

De acordo com ele, como parte do conjunto de medidas de estímulo à economia, o BNDES vai se encontrar com representantes de centrais sindicais, que reivindicam que a o banco atrele a concessão de financiamentos à garantia de emprego pelas a empresas. Esse pedido foi formalizado por sindicalistas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no início do mês. "Deverei receber todas as centrais sindicais para um diálogo. O BNDES tem sido sempre um grande aliado na manutenção de empregos e continuará sendo", afirmou Coutinho.

PIB

O PIB de 2008 deverá ficar acima de 5,5% e o de 2009 em torno de 4%, estimou Coutinho. Sobre o desempenho do PIB no terceiro trimestre, que registrou expansão de 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado, Coutinho afirmou que esse resultado não o surpreendeu. "A gente sempre sinalizou que o investimento estava muito forte, que estava acelerando, com os desembolsos acelerando. A disposição do governo é sustentar o investimento e, se possível, acelerá-lo como uma maneira de ajudar a estabelecer um piso para o crescimento da economia", disse.

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