O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou neste domingo (29) um novo pacote para o combate aos efeitos da pandemia do coronavírus. As medidas são voltadas à ajuda para compra de materiais para UTIs e ampliação do número de leitos. Indústrias de outros setores que queiram converter sua linha de produção para a fabricação de equipamentos médicos e hospitalares também poderão solicitar o dinheiro do banco.
A nova linha de financiamento vai ofertar R$ 2 bilhões para a ampliação do número de leitos emergenciais, assim como para a aquisição de materiais e equipamentos médicos e hospitalares.
Empresas de outros setores que buscam converter suas produções em equipamentos e insumos para saúde serão contempladas.
O BNDES informou que o programa buscará apoiar a ampliação do número de leitos de UTI, especialmente em regiões que apresentam níveis elevados de carência em infraestrutura.
A estimativa do BNDES é de que a quantidade de leitos de UTI seja ampliada em 3 mil, o equivalente a mais de 10% da disponibilidade atual de leitos do SUS no país. O banco também espera ampliar a quantidade de respiradores pulmonares em 15 mil, o correspondente a 50% da demanda total do SUS prevista para os próximos três meses.
O BNDES estima que o número de monitores aumentarão em 5 mil e que o número de máscaras cirúrgicas deverá aumentar em 88 milhões com a nova linha de financiamento.
Banco já colocou R$ 97 bi à disposição para enfrentar o coronavírus
Com as novas medidas, o BNDES já colocou à disposição linhas de crédito de R$ 97 bilhões para enfrentar a pandemia do coronavírus e seus efeitos na economia. Na semana passada, R$ 55 bilhões foram aprovados, sendo R$ 20 bilhões de transferência de recursos do fundo PIS/PASEP para o FGTS, R$ 19 bilhões para suspensão de pagamentos de operações diretas, R$ 11 bilhões para suspensão de pagamentos de operações indiretas e R$ 5 bilhões para reforço da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas.
Ainda na semana passada, o BNDES lançou uma linha emergencial de crédito para folha de pagamento de pequenas e médias empresas, num total de R$ 40 bilhões, que poderá ser acessada por empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões, exclusivamente para o pagamento da folha de salários de funcionários, por meio de bancos credenciados. O banco explicou que os recursos serão depositados para pagamento dos trabalhadores e estão limitados a dois salários mínimos (até R$ 2.090,00), permanecendo o restante, se houver, a cargo do caixa da empresa. O pagamento do empréstimo será feito pela empresa que contratar o crédito junto aos bancos.
Para esse programa, destinado às micro, pequenas e médias empresas, haverá aporte de R$ 34 bilhões do Tesouro Nacional e de R$ 6 bilhões de recursos dos bancos. Assim, 85% do risco de crédito será do governo e os 15% restantes, dos bancos.
Fintechs serão operadoras do BNDES a partir de maio
O BNDES também informou neste domingo que o Conselho Monetário Nacional (CMN) concedeu uma autorização exclusiva ao banco para repassar recursos às fintechs autorizadas como Sociedade de Crédito Direto (SCDs). Com isso, a partir de maio, as fintechs cadastradas na plataforma online de solicitação de crédito do BNDES, o Canal MPME, poderão passar a operar com recursos do banco de fomento.
Reforma tributária eleva imposto de profissionais liberais
Dino dá menos de um dia para Câmara “responder objetivamente” sobre emendas
Sem Rodeios: José Dirceu ganha aval do Supremo Tribunal Federal para salvar governo Lula. Assista
Além do Google, AGU aumenta pressão sobre redes sociais para blindar governo
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast