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Resposta

BNDES nega tratamento especial a Eike

O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) negou nesta segunda-feira (15) em nota que tenha favorecido o empresário Eike Batista nos financiamentos que fez a empresas do grupo. Segundo denúncia do jornal "O Estado de São Paulo", o banco teria adiado cobrança de contratos, pago juros mais baixos do que o normal e dado como garantia ações das empresas do grupo e bens que seriam adquiridos.

Ainda segundo o jornal, o valor total dos empréstimos do grupo EBX somariam R$ 10,7 bilhões e não só R$ 10,4 bilhões que o banco havia informado. O BNDES afirmou em nota que o tratamento dispensado ao grupo EBX "é rigorosamente igual ao dado a qualquer empresa tomadora de crédito do BNDES".

"A estruturação de garantias também foi feita com o rigor usual adotado pelo BNDES em todas as suas operações, obedecendo as melhores práticas bancárias". O banco não informou no entanto quais seriam essas garantias e nem se a cobrança dos contratos foram adiados, como diz a reportagem.O BNDES negou ter utilizado taxas diferenciadas nos empréstimos ao grupo, informando que as taxas do PSI (Programa de Sustentação do Investimento), utilizado em contratos com empresas do grupo EBX, já realizou mais de 700 mil operações desde que foi criado, em agosto de 2009, totalizando até julho deste ano R$ 218,2 bilhões em empréstimos.

O banco explicou ainda que o único desinvestimento feito pela BNDESPar, braço de participações do BNDES, no grupo EBX, se deu em cima de ações da LLX, com ganho de mais de 100%. Portanto, argumentou o banco, não é possível falar em perdas com as demais participações que são investimentos de longo prazo e representam 0,6% do total da carteira da BNDESPar.

O BNDES termina a nota afirmando que a inadimplência até março último era de 0,04%, "muito abaixo da média do sistema financeiro nacional, tanto público como privado".

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