O governo pretende fazer do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) o instrumento garantidor da disputa no leilão da usina hidrelétrica de Belo Monte, a ser construída no Rio Xingu, no Pará. A oferta de um financiamento mais vantajoso tentará compensar a decisão de manter inalterado o edital de licitação.

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Ontem, na cerimônia de posse como ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann jogou um balde d'água fria na expectativa das empresas de mudança nas regras. "A avaliação indica que não há necessidade de mudanças no edital", disse o ex-secretário executivo, substituto de Edison Lobão no ministério. A diretoria do BNDES estuda melhorar as condições de financiamento para atrair mais candidatos e garantir manutenção da tarifa mais baixa possível. O financiamento de Belo Monte pode chegar a mais de 70% do custo de R$ 19 bilhões da obra.

Entre as mudanças, porém, a que desponta como mais certa é a extensão do prazo do empréstimo. As usinas do Rio Madeira receberam financiamentos com prazo de 25 anos para pagamento. Para a hidrelétrica do Xingu esse período pode ser ampliado em até cinco anos. A participação do banco também deve ser maior do que a acertada para Santo Antonio (65,7%) e Jirau (68,5%), as duas hidrelétricas de Rondônia. Mas não muito além. O limite de exposição do banco em um único projeto não pode exceder 25% de seu patrimônio de referência. De acordo com o balanço de 2009, este patrimônio somava R$ 54 bilhões em dezembro.

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