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A expansão do crédito habitacional deverá elevar os investimentos em habitação no país para mais de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010, ante os 4,3% atuais. A projeção é do economista Marcelo Nascimento, do BNDES, que realizou estudo sobre o assunto em conjunto com o advogado Luciano Coutinho, da Secretaria de Assuntos Econômicos (SAE) da instituição.

Com o aumento do crédito, a taxa de investimento em relação ao PIB poderá crescer, somente com a contribuição do setor de construção residencial, dos atuais 20% para 21,2% em quatro anos. O segmento habitacional responde por cerca de um quarto dos investimentos computados no PIB brasileiro. A expectativa de Nascimento é que o crédito habitacional brasileiro aumente, nos próximos quatro anos, do equivalente a 1,7% do PIB para mais de 4%. Os desembolsos para financiamentos neste setor, que neste ano poderão chegar a R$ 19 bilhões, estarão em pelo menos R$ 40 bilhões em 2010. Ainda assim, o Brasil estará longe de países como Estados Unidos (em que o crédito para habitação corresponde a 65% do PIB), Chile (13%) e África do Sul (24,8%).

Hoje, a participação do crédito habitacional no crédito total no Brasil é da ordem de 5%. Apesar de ainda ser pouco, Nascimento ressalta que o crédito para habitação no país vem apresentando uma recuperação mais consistente desde 1997, quando foi criado o Sistema Financeiro Imobiliário e instituída a alienação fiduciária dos imóveis. Os desembolsos acumulados em 12 meses chegaram a R$ 15,6 bilhões em agosto deste ano, valor 93,9% superior aos R$ 8,05 bilhões acumulados até agosto de 2005.

Por trás dessa expansão do financiamento residencial estão fatores como cenário macroeconômico mais favorável, atuação mais intensa dos bancos públicos especializados na operação do crédito habitacional, extensão dos subsídios ao financiamento de imóveis para famílias de baixa renda e melhores condições institucionais para a oferta de crédito.

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