O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje que projeta que a economia brasileira cresça 0,5% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre deste ano. Segundo ele, o governo já detectou que os números da economia vieram mais fracos em abril e, embora os dados de maio ainda não tenham sido fechados, deve haver um pouco mais desaceleração no ritmo de expansão.
"Para o segundo trimestre, esperamos um pouquinho mais de moderação no ritmo de crescimento. Acho que já estamos em um ritmo adequado. Vamos ter um pouco mais de moderação; espero uma taxa (de crescimento) um pouco mais baixa, talvez 0,5%", afirmou Coutinho.
"Se você olhar o número de abril, já foi mais fraco. Estamos acompanhando ainda o fechamento de maio, mas, provavelmente, vamos ter um pouquinho mais de desaceleração, o que é normal e esperado." Para o ano, segundo Coutinho, a projeção do BNDES é de crescimento em torno de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.
Coutinho também comentou o resultado do PIB nos três primeiros meses de 2011, que registrou uma alta de 1,3% na comparação com os últimos três meses de 2010. "Era esperado um crescimento forte, mas o elemento importante é que a formação bruta de capital fixo teve um crescimento bastante forte, o que foi muito bom", afirmou, após participar de palestra durante lançamento do relatório da Brasil Investimentos & Negócios (BRAiN), na capital paulista.
Inflação
Coutinho disse ter certeza de que a inflação convergirá para a meta em 2012. "Eu acredito na competência do Banco Central (BC) e da política macroeconômica brasileira. Não tenho dúvida nenhuma de que a inflação vai convergir em 2012 e é nisso que o presidente do BC, Alexandre Tombini, tem se empenhado", afirmou.
Durante sua palestra, Coutinho reconheceu que ainda há duvidas no mercado financeiro sobre a capacidade da autoridade monetária de fazer a inflação convergir para a meta no ano que vem e há quem espere que isso ocorra apenas em 2013. Segundo ele, esses analistas são "céticos", mas, de qualquer forma, também demonstra que o nível de discussão sobre a inflação no País mudou.
"Não estamos mais discutindo se a inflação vai ou não vai convergir. A discussão, agora, é se vai convergir mais cedo ou mais tarde", afirmou. "Eu acredito que vai ser mais cedo, até porque estamos vendo um mundo em desaceleração, o que vai ajudar muito no preços das commodities (matérias-primas), além de uma eficiência e esforço das políticas fiscal e monetária brasileira."
Para Coutinho, as incertezas em relação ao compromisso do BC quanto à inflação eram esperadas, considerando-se a troca no comando da instituição. "Houve afirmação da capacidade do BC. Era natural que o BC fosse colocado em teste, mas ele venceu essas dúvidas consistentemente. Não há dúvida nenhuma da disposição do governo de que a inflação vai caminhar para o centro da meta."
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