Com a demanda crescente por investimentos em infraestrutura no cenário de redução de gastos desenhado pela presidente eleita, Dilma Rousseff, o setor público precisa tirar mais proveito da iniciativa privada replicando modelos de concessão em projetos de pequeno porte. É o que defende o International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial que investe US$ 6 milhões no Brasil para estimular parcerias público-privadas (PPPs) em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Estimativas do BNDES indicam que o Brasil consumirá R$ 315 bilhões em investimentos de infraestrutura até 2013. Em edificações, são esperados R$ 465 bilhões. Principal financiador de longo prazo no País, o BNDES financiou, entre janeiro e outubro, R$ 51,7 bilhões em projetos de infraestrutura, um crescimento de 27% em relação ao mesmo período de 2009. Mas o governo já sinalizou que é impossível manter o crescimento do banco.
Com as limitações do BNDES, o governo busca formas de agregar a iniciativa privada aos investimentos. O Ministério da Fazenda arremata um plano para incentivar o financiamento privado. Outro caminho é sofisticar modelos e ampliar o uso de concessões à iniciativa privada.
O BNDES também assumiu essa tarefa, revitalizando o setor de estruturação de projetos. Esse setor atuou nas privatizações na década de 90 para elaborar editais e estudar a viabilidade de empreendimentos como a usina de Belo Monte ou o trem-bala, que combinam financiamento público e consórcios privados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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