Três empresas protocolaram pedidos para a liberação de um empréstimo-ponte do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para ajudar a Varig. O prazo para os pedidos terminou ontem. A informação, divulgada inicialmente por Marcelo Gomes, da consultoria Alvarez e Marsal, responsável pela reestruturação da Varig, foi confirmada pelo BNDES. O banco, entretanto, disse que só vai divulgar o nome das empresas após analisar se suas propostas se enquadram nas regras para financiamentos.

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Além dessas três empresas, outras companhias aéreas poderão participar do leilão de venda parcial ou total das operações da Varig, que deve ocorrer em menos de 60 dias. As brasileiras Webjet e a OceanAir também informaram ter interesse na compra da Varig, mas afirmaram que não pediriam o empréstimo-ponte ao BNDES porque ainda não foi divulgado o edital do leilão.

Sem as regras do leilão, avaliaram as duas empresas, seria muito "arriscado" tomar o empréstimo e repassar os recursos aos administradores da Varig.

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O empréstimo-ponte foi a forma que o BNDES encontrou para ajudar a Varig. Interessados na compra da empresa poderão injetar US$ 250 milhões na companhia aérea, sendo que dois terços desses recursos seriam liberados pelo banco.

Esses recursos possibilitariam que a empresa tenha uma sobrevida porque garantiriam o caixa necessário para arcar com despesas como combustíveis e taxas aeroportuárias, entre outras.

O investidor que fizer o empréstimo-ponte para a Varig poderá abater do valor de sua oferta o recurso repassado para a companhia.

Na semana passada, os credores da Varig aprovaram a divisão da empresa e a venda de uma das partes – que poderá incluir todas as suas operações ou somente as rotas domésticas.

O comprador da Varig, entretanto, não herdará as dívidas da empresa aérea, estimadas atualmente em cerca de R$ 8 bilhões.

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O presidente da Varig, Marcelo Bottini, afirmou que o edital de leilão da empresa deve ficar pronto "nos próximos dias". Segundo ele, a Varig vai estudar outras estratégias para continuar com caixa até o leilão caso não haja interesse de empresas para o empréstimo-ponte. "Temos outros recursos como recebíveis a serem convertidos e as dívidas dos estados com a companhia", disse.