O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve liberar R$ 14 bilhões em crédito para exportação no segundo semestre deste ano sob as condições especiais do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Além de novo orçamento de R$ 7,3 bilhões para a exportação de bens de capital, o banco já começou a operar uma nova linha de R$ 7 bilhões para bens de consumo.
As linhas para exportação do PSI são do tipo pré-embarque, que financia a produção do exportador. Apesar de os primeiros R$ 7,5 bilhões destinados pelo BNDES para a exportação de bens de capital pelo PSI, com juros reduzidos a 4,5% ao ano, terem se esgotado rapidamente nos três primeiros meses do programa, entre julho e setembro de 2009, só no dia 11 de junho um novo montante foi autorizado e as operações reiniciaram.
Apenas R$ 800 milhões foram liberados em junho, ainda sob as condições de 2009, mas a expectativa da superintendente da Área de Comércio Exterior do BNDES, Luciene Machado, é que os recursos se esgotem no terceiro trimestre de 2010, a exemplo do que aconteceu em 2009. A partir deste mês, a taxa sobe para 5,5% mas continua competitiva em relação à média do mercado, estimada em 7% pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
"Há uma demanda reprimida. As empresas ficaram durante todo o primeiro semestre esperando a segunda tranche (parte) da linha", disse Luciene. Segundo ela, muitos bancos repassadores dos recursos já tinham empréstimos pré-operacionalizados, o que deve acelerar as liberações.