Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou ontem a ampliação do conjunto de medidas que, segundo o banco, "visam contribuir para a sustentabilidade da cadeia produtiva da pecuária bovina". De acordo com a instituição, essas novas diretrizes "consolidam critérios socioambientais que serão utilizados para todas as formas de apoio do banco ao setor, tanto para concessão de financiamento quanto para participação acionária em empresas".
As condições para o apoio financeiro do BNDES aos frigoríficos são as seguintes: adesão a sistema de rastreabilidade para acompanhamento da cadeia de fornecimento; criação de planos de desenvolvimento socioambiental dos frigoríficos; verificação de regularidade socioambiental de seus fornecedores diretos; verificação da regularidade socioambiental de toda a cadeia de fornecedores e realização de auditorias externas para comprovar o cumprimento das diretrizes estabelecidas.
As medidas podem representar uma maior abertura para a carne bovina brasileira no mercado europeu. A avaliação é do diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Otávio Cançado, que considerou positivas as novas diretrizes do banco. "Pela primeira vez sinto que é algo que pode funcionar. De uma única vez essas medidas resolveram o problema de dois ministérios e pode ser a porta para a reentrada da carne brasileira na Europa", disse o executivo.
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