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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende triplicar o volume de recursos destinados a financiamentos de projetos voltados à inovação em todo o país. Em palestra a empresários paranaenses, realizada ontem pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Feip), o presidente do banco, Luciano Coutinho, anunciou um aporte de R$ 2 bilhões do banco – entre crédito e subvenção – que serão repassados em uma parceria inédita pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Além da destinação de recursos à Finep, o BNDES pretende ultrapassar os R$ 2 bilhões em financiamentos diretos a projetos de inovação com a abertura de uma nova linha no valor de R$ 750 milhões. A soma dos recursos previstos para este ano supera em 185% o R$ 1,4 bilhão aplicado em inovação durante o ano de 2010.

Segundo Coutinho, o governo federal vem trabalhando para transformar a Finep – órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia – em uma instituição financeira autorizada pelo Banco Central para poder trabalhar de forma mais ágil na aplicação desses recursos. O entendimento é de que a financiadora tem maior capacidade técnica de investir em novos projetos e ideias inovadoras. "Estamos trabalhando para dar um novo impulso com foco na inovação para competir com sustentabilidade ambiental e social", diz Coutinho.

Para o presidente do BNDES, o investimento em inovação é fator chave para o ganho de competitividade na indústria brasileira. "É preciso ampliar a exportação de manufaturados de alto valor agregado. O desafio é levar a inovação às pequenas e médias empresas, aonde esse dinheiro ainda tem dificuldade de chegar", acrescentou.

Ajuda privada

O presidente do BNDES garante que o banco deve manter em 2011 o mesmo nível de financiamento do ano passado, quando foram desembolsados R$ 168,4 bilhões em todo o país. O nível total de crédito ao setor produtivo, entretanto, deve crescer ainda mais com o incentivo à participação do setor privado, seja por meio de bancos comerciais ou fundos de venture capital e private equity.

"O BNDES está de portas abertas para receber novos fundos. Convido a indústria de crédito para nos visitar e propor novos fundos para o desenvolvimento da inovação no Brasil", afirmou. Essa participação privada, justifica Coutinho, pode reduzir a dependência do BNDES de recursos do Tesouro Nacional – situação que, segundo ele, "não é ideal".

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