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A nova aeronave Boeing 777X realizou seu voo inaugural neste sábado (25). A decolagem ocorre após as reformas esperadas na forma como os reguladores aprovam aeronaves, após dois acidentes fatais envolvendo os aviões 737 MAX. O avião Boeing 777X decolou do aeroporto de Everett, no estado de Washington, com destino à unidade da Boeing em Seattle, no mesmo estado.
O 777X é uma atualização do modelo 777, que começou a voar em 1995. A saída da nova aeronave foi adiada por duas vezes devido ao mal tempo nos últimos dois dias.
O início de serviço da nova aeronave foi atrasado em relação ao cronograma inicial, devido a problemas técnicos, e agora possivelmente começará a realizar voos comerciais durante um período de desaceleração dos pedidos de aeronaves maiores, que já obrigou a Boeing a reduzir o ritmo de produção.
Avião voará pela Emirates Airline
O primeiro cliente do novo avião Boeing 777x é a Emirates Airline, com sede em Dubai. A companhia irá receber o primeiro modelo até 2021. O atraso na entrega ocorreu após problemas com os novos motores GE9X fabricados pela General Electric. O avião possui dois corredores e pode acomodar mais de 400 passageiros.
O prazo de entrega da nova aeronave depende ainda de como os reguladores avançam com a certificação do Boeing 777X, que está sendo examinado - como o 737 MAX -, como derivado de um projeto existente e não de uma aeronave totalmente nova.
Executivo-chefe da Boeing, David Calhoun disse nesta semana que a certificação deve mudar para todos os novos aviões, em meio à revisão em andamento do MAX. "O processo de certificação é novo e será aplicado a todos os próximos aviões, por isso temos muito o que fazer em torno do 777X, para garantir que possamos atender uma revisão e investigação realmente completas" disse.
A incerteza sobre quando o 777X entrará em serviço coincide com um menor ritmo de entrada de novos pedidos. A Boeing tem pedidos firmes para 309 dos jatos, provenientes de nove clientes, 200 deles de companhias do Oriente Médio: Emirates, Qatar Airways e Etihad Airways.
A produção dos atuais 777 já foi reduzida para cerca de 3,5 por mês e pode ser reduzida ainda mais, à medida que a Boeing trabalha com a certificação 777X. A Boeing também está considerando um corte na produção mensal de sua aeronave de menor porte 787, de 12 para 14.