Novos ares
A gestora independente de fundos Global Invest está ampliando sua área de atuação. A empresa foi fundada em Curitiba há seis anos e abriu um escritório em São Paulo há dois. Agora busca outras capitais. A unidade do Rio de Janeiro foi inaugurada na semana passada. Até o fim do primeiro semestre, a Global pretende ter representação em Belo Horizonte. No começo do segundo semestre, será a vez de Porto Alegre abrigar executivos da empresa. Com a maior abrangência geográfica, a companhia pretende dobrar o volume de recursos administrados em seus fundos, chegando a cerca de R$ 400 milhões em dezembro.
A vez dos multimercados
A expansão da Global Invest é sintoma de uma transformação na área de investimentos. A empresa, assim como outros gestores independentes, aposta que a queda nas taxas de juros será consistente, o que desestimulará aplicações em títulos públicos geralmente feitas através de fundos de renda fixa ou DI. "Muita gente sairá em busca de alternativas com maior potencial de ganhos", diz Fernando Pinto Ferreira, um dos sócios da Global. Nesse cenário, os trunfos dos independentes serão a gestão mais enxuta e os resultados melhores do que os oferecidos pelos bancos no segmento de multimercados fundos de renda variável.
Estratégia na prateleira
Já chegou ao Brasil, pela Bookman Editora, o mais recente livro do estrategista japonês Kenichi Ohmae. O Novo Palco da Economia Global é o título da edição brasileira de The Next Global Stage, sucesso editorial nos Estados Unidos. Na obra, o autor procura trilhar o caminho para o sucesso no mundo sem fronteiras, do período pós-globalização. Paraná e São Paulo, conforme antecipou a Gazeta do Povo, são citados por Ohmae como uma das dez regiões do planeta com potencial para receber os maiores investimentos internacionais.
Crise atropela congresso
Uma ampla consulta foi feita pela Federação das Indústrias do Paraná para que os empresários definissem seus temas de preferência a serem debatidos no congresso anual marcado para os dias 25 e 26, em Curitiba. Entre os recorrentes, aparecem educação, capacitação profissional, pesquisa e desenvolvimento e produtividade.
Mas os assuntos certamente dividirão a pauta com a grande preocupação do momento. Dados do IBGE colhidos em março e divulgados agora, às vésperas do evento, mostram que a indústria paranaense voltou a registrar recuo na produção, junto com Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda amargando os efeitos da crise no agronegócio, a Região Sul do país é a única que não está crescendo. Por via das dúvidas, a Fiep já reúne seus pares para definir a pauta a ser levada aos candidatos à presidência da República.
Software certificado
Doze pequenas empresas de Londrina especializadas em software participam de um programa de certificação que pretende qualificá-las para entrar no mercado externo. Elas formaram uma espécie de consórcio, organizado pela Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina (Adetec), para repartir os custos da consultoria que orienta a implantação do sistema de qualidade MPS.BR.
O que é
O sistema foi criado por grupos de pesquisa brasileiros, tem sete níveis de qualificação e segue os critérios dos modelos europeu e americano. "O custo do MPS é três ou quatro vezes menor do que implantar sistemas estrangeiros", diz o coordenador do projeto, Ademir Padilha. O investimento mensal de cada empresa fica perto de R$ 5 mil. No ano que vem saem as primeiras certificações exigência dos importadores nos Estados Unidos e Europa.
Mais hotéis
As 20 maiores companhias hoteleiras do país que reúnem 429 empreendimentos planejam manter o ritmo forte de abertura de unidades que marcou os últimos cinco anos. Nesse período foram construídos 274 hotéis, com 43,2 mil apartamentos. Para os próximos cinco anos, a meta é erguer mais 200 unidades. Os dados são do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), do qual fazem parte as redes paranaenses Bourbon, Slaviero, Deville e Bristol.
Rumo ao interior
O que muda na nova fase de investimentos da indústria hoteleira é o perfil. As redes vão dar preferência para os hotéis do tipo econômico dedicado ao turista de negócios. Nesse segmento, a característica é garantir conforto e preço baixo. Outra novidade é dirigir os investimentos de R$ 1,1 bilhão para as cidades do interior.