O governo boliviano denunciou nesta segunda-feira uma suposta manipulação dos sistemas de medição da produção de gás em dois dos maiores campos do país operados pela Petrobras e pela Repsol YPF.

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A Petrobras negou a denúncia e disse contar com modernos sistemas de medição de gás que já foram, inclusive, demonstrados à estatal boliviana YPFB. De acordo com a empresa brasileira, fiscais da YPFB têm acesso a uma sala de controle onde é possível ver informações sobre todos os medidores.

As supostas irregularidades foram detectadas durante uma visita oficial realizada recentemente nos campos de Margarita, operado pela Repsol-YPF, e San Antonio, sob responsabilidade da Petrobras, disse o vice-ministro de Hidrocarburos, Julio Gomez.

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- Os 13 medidores (de ambos os campos) não estão funcionando, não é possível ler a medição, há anormalidades - afirmou, sem detalhar números, segundo a agência estatal de notícias ABI.

Um porta-voz da Petrobras na Bolívia disse que não iria comentar o assunto imediatamente. Procurada, a assessoria de imprensa da Petrobras ainda não respondeu ao Globo Online.

A denúncia não inclui dados sobre eventuais danos econômicos à Bolívia e foi feita ao mesmo tempo em que o governo de Evo Morales negocia um aumento do preço do gás natural exportado ao Brasil.

A Petrobras, juntamente com a Repsol, foi a empresa mais afetada com a nacionalização das reservasd e gás da Bolívia.