O governo da Bolívia confirmou, nesta quarta-feira, que o prazo para que as petrolíferas concluam as negociações para um novo contrato de operações no país vence em 27 de outubro, em resposta a pedidos para estendê-lo.
Até agora, as autoridades bolivianas tinham assinalado que as conversas deviam ser concluídas em 28 de outubro, quando estimam que vão terminar os 180 contratos estabelecidos no decreto de nacionalização dos hidrocarbonetos, assinado pelo presidente Evo Morales em 1º de maio.
O presidente de Repsol YPF, Antonio Brufau, expressou na terça-feira seu desejo de que o prazo seja alongado para dar um "sossego" que seria beneficente para ambas as partes, embora tenha se mostrado otimista sobre o curso das conversas com as autoridades da Bolívia.
A data definitiva foi indicada com exatidão pelo vice-ministro de Prospecção e Produção, Guillermo Aruquipa, em declarações da estatal Agência Boliviana de Informação (Abi).
Segundo Aruquipa, as autoridades do Ministério de Hidrocarbonetos devem finalizar as negociações com as transnacionais no final deste mês, para que os novos convênios se apliquem a partir de 1º de novembro.
O vice-ministro disse que hoje começou a revisão dos resultados preliminares das auditorias nos contratos que as companhias estabeleceram há uma década com o governo boliviano A informação "valiosa" contém dados sobre o investimento, o pagamento de impostos, a quantidade de reservas e a taxa de rentabilidade obtida nos últimos anos, indicou o funcionário a Abi.
Aruquipa ressaltou a obrigatoriedade das companhias estrangeiras em submeter-se às novas regras do jogo, estabelecidas pelo governo socialista ao ditar a nacionalização dos hidrocarbonetos.
Entre as corporações afetadas estão a hispano-argentina Repsol YPF, a brasileira Petrobras, a francesa Totalfinaelf e a britânica British Petroleum.
As empresas que não conseguirem um acordo com o governo boliviano no prazo indicado serão obrigadas a abandonar suas operações no país.
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