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O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que espera aumentar em US$ 2 o preço do gás vendido ao Brasil e à Argentina, segundo informou a Agência Boliviana de Información (ABI), órgão de comunicação oficial do país. O aumento seria aplicado ao valor do milhão de Unidades Térmicas Britânicas (BTU), medida utilizada para quantificar financeiramente o gás natural. Ainda segundo a agência, o Brasil paga à Bolívia US$ 3,26 por milhão de BTU, o que significa dizer que o país reivindica um aumento de 61,3% no preço do produto.

Para a Argentina, que paga o equivalente a US$ 2,6 por milhão de BTU, o reajuste chegaria a 77%. A agência boliviana informa ainda que em função ao aumento nos preços do petróleo, o milhão de BTU está cotado em US$ 9 no mercado internacional.

Segundo o governo da Bolívia, o aumento tem como objetivo contornar problemas econômicos do país, como o déficit fiscal de US$ 300 milhões, sem recorrer à cooperação internacional. De acordo com Morales, a alta representará um "importante ingresso para o erário nacional". A ABI informa que o aumento de um único dólar representa um incremento de mais de US$ 300 milhões anuais.

Segundo a agência, Morales afirmou que, frente a esses problemas, "os governos sempre foram mendigar ao exterior", mas com a recuperação dos recursos naturais será possível resolvê-los internamente.- Agora depende de nós. Nós podemos colocar o preço, mas, para não perder a amizade, vamos discutir (com os sócios energéticos)", disse Morales, acrescentando que os países vizinhos já se mostraram abertos ao diálogos.

O decreto de nacionalização das reservas de gás e petróleo da Bolívia estabelece um prazo de 180 dias para que as empresas petrolíferas firmem novos contratos. A ABI informa que a espanhola Repsol-YPF foi a primeira a iniciar o processo de diálogo.

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