O governo da Bolívia pretende adotar um plano de contingência, com o uso da polícia nacional e das forças armadas, para combater o contrabando de combustíveis para países vizinhos, principalmente o Brasil e o Peru. A informação consta de uma nota oficial do governo boliviano, divulgada nesta segunda-feira, na qual informa que o assunto será tratado na próxima quarta-feria, em reunião entre representantes do setor energético com o serviço nacional de aduana, as forças armadas, polícia nacional e representantes de municípios, com o objetivo de elaborar um novo plano de contingência contra a fuga de combustíveis para países limítrofes, principalmente Peru e Brasil.
O problema é que os preços muito baixos dos combustíveis na Bolívia acabam estimulando o seu contrabando, provocando falta dentro do país. O ministro de Hidrocarburos e Energia da Bolívia, Carlos Villegas, na nota afirma que o governo vai ter uma "luta frontal" contra o comércio ilegal de grupos que estão lucrando com a necessidade dos bolivianos. O ministro destaca ainda que as ações de combate ao contrabando serão contínuas em todo território nacional.
Por sua vez, o presidente da Yaciamientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), Guilhermo Aruquipa, disse que estavam acontecendo algumas dificuldades com os distribuidores de combustíveis privados no país de gasolina, mas assegurou que a situação se normalizaria ainda nesta segunda-feira, com a adoção de medidas administrativas.
Um dos principais produtos contrabandeados é o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) e o governo boliviano, em sua nota, afirma que tem negado autorização para a construção de novas unidades de produção do combustível em regiões de fronteira com outros países.
Na nota, o governo boliviano afirma que o abastecimento de combustíveis está garantido em todo país, com o incremento de sua produção. A garantia foi dada pelo Ministério de Hidrocarburos, a Superintendência Sectorial e da YPFB.
O ministro Carlos Villegas afirma que o governo garante o pleno abastecimento de GLP, gasolina e demais derivados, de tal forma que os mesmos não faltarão nos próximos meses.