Um dia após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) como novo presidente, o mercado financeiro abre os trabalhos de forma agitada. O Ibovespa, principal índice do mercado de ações, registra alta de 1,96%, na parcial das 10h30. O Dólar comercial opera em queda de 0,88%, a R$ 3,62, Às 10h19. A moeda americana chegou a ficar abaixo de R$ 3,60.
O dólar comercial chegou a ser vendido por menos de R$ 3,60, logo após a abertura. Às 9h10, a moeda americana era vendida a R$ 3,5942 para compra, queda de 1,62% em relação ao fechamento de sexta-feira (26).
O Ibovespa chegou a um pico de 3,1% às 10h10, dez minutos após a abertura.
As ações preferenciais da Cemig (PN), estatal de energia de Minas Gerais, opera em queda de 1,66%, às 10h45. A expectativa é de que a privatização da companhia esteja na pauta do novo governador do estado, Romeu Zema (Novo). Na semana passada, a empresa registrou sucessivas altas, que culminaram em 6,73% e 7,12% na sexta (26) e quinta-feira (25), respectivamente.
A Petrobrás tem o papel mais negociado, no momento. As ações da petrolífera operam em leve alta de 0,36%, a R$ 27,70, às 10h45.
O Banco do Brasil (alta de 2,24%) e o Banco Bradesco (alta de 1,32%) também estão entre os títulos que mais movimentam a bolsa na manhã desta segunda-feira.
Taurus opera em queda
Após uma euforia de altas registradas na última semana, as ações da fabricante de armas Taurus operam em queda no início do pregão desta segunda-feira.
As ações preferenciais (PN) da Forja Taurus registram queda de 13,36%, às 10h41; já as ordinárias (ON), que dão direito a voto, caem 6,47%. Outros papéis da companhia, além das ações, também seguem o ritmo de queda.
Política econômica de Bolsonaro é incerta
“Os detalhes da política econômica da nova administração ainda não estão claros e precisam ser conhecidos, uma vez que o gasto fiscal, a reforma da Previdência e o apoio político no Congresso serão desafios para 2019 e além”, escreveu a agência de classificação de risco Moody’s.
A campanha deste ano foi atípica porque Bolsonaro não participou de debates e, portanto, não esmiuçou seu plano de governo.
“Apesar de Bolsonaro não ter articulado integralmente a sua agenda para a política econômica, os investidores têm a percepção de que ele provavelmente buscará políticas pró-mercado, beneficiando vários setores da economia”, disse em nota a vice-presidente da Moody’s Samar Maziad.
O BTG Pactual avalia que a escolha de uma equipe econômica forte e pró-mercado vai mostrar a investidores que o governo está indo na direção correta. “Além disso, o firme compromisso com uma profunda reforma da Previdência é um passo necessário para criar bases para uma recuperação mais sustentável.”
O banco de investimentos reforçou sua projeção de que a Bolsa pode subir para 90 mil pontos e que um discurso firme da equipe econômica sobre reforma da Previdência pode levar o Ibovespa aos 105 mil pontos.
Para a Guide Corretora, agora o mercado financeiro quer saber quem será o novo presidente do Banco Central. E destacou que a lua de mel do mercado financeiro com Bolsonaro tem prazo de validade, “que é a primeira grande votação majoritária do governo no Congresso.”
Enquanto esse momento não chega, o presidente eleito precisa criar uma frente parlamentar ampla com vários partidos e mostrar que está que está de fato comprometido com a agenda econômica reformista e liberalizante que o país tanto precisa, diz a corretora em relatório a clientes.
A avaliação do banco UBS é semelhante. Segundo a instituição, o mercado brasileiro teve bom resultado, especialmente se considerado o ambiente desafiador no exterior. “Com a ampla antecipação da vitória de Bolsonaro [...], a continuidade da boa performance dos ativos no mercado brasileiro será influenciada pela habilidade de manter as expectativas de aprovação das reformas econômicas, especialmente a da Previdência.”
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