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mercado financeiro

Bolsa amplia alta e sobe mais de 2%; dólar cai e vale R$ 2,02

O otimismo voltou aos mercados no exterior, nesta quinta-feira (16), com a perspectiva de que a China poderá adotar medidas de estímulo à economia. As Bolsas internacionais sobem. O Ibovespa, índice de referência da Bolsa brasileira, também segue o ritmo e ampliou o ritmo de alta. Por volta de 16h19m, o índice operava em alta de 2,02% aos 59.373 pontos.

O dólar comercial se mantém em queda frente ao real e no mesmo horário estava sendo negociado a R$ 2,018 na compra e R$ 2,020 na venda, uma desvalorização de 0,14%. Segundo um operador de câmbio de São Paulo, o dólar se acomodou num patamar confortável para o governo, entre R$ 2,02 e R$ 2,05 e, na falta de notícias importantes, não deve oscilar muito além disso.

Os papéis ON da PDG Realty sobem 6,76% a R$ 3,63 e lideram as maiores altas do pregão. Já as ações PNA da Braskem têm valorização de 6,52% a R$ 15,19 e as ações ON da Gafisa se valorizam 5,51% a R$ 3,64. Na ponta das baixas, estão os papéis ON da Ultrapar com queda de 1,90% a R$ 44,93 e as ações ON da Duratex têm desvalorização de 1,12% a R$ 12,36.

As fortes quedas dos papéis das incorporadoras e construtoras nos últimos 12 meses, que em alguns casos chega a 50%, estão atraindo os investidores. Desde quarta, as ações das principais companhias estão subindo, mesmo após balanços mais fracos.

"Os papéis do setor ficaram muito baratos", diz um analista de São Paulo.

No mercado interno, o destaque foi o crescimento das vendas no varejo que, impulsionadas pelo incentivo do governo ao consumo, voltaram a subir em junho, com alta de 1,5% na comparação com maio, quando houve queda de 0,8%. Analistas afirmam que pode ter havido uma leitura muito negativa do desempenho da economia.

A BM&FBovespa divulgou a segunda prévia da carteira para o período de setembro a dezembro, que totaliza 67 ações de 62 empresas. As ações preferenciais da Vale continuam com maior peso no Ibovespa: 9,209% da participação e a ações preferenciais da Petrobras mantiveram o segundo lugar com 8,342%. A terceira prévia da carteira do Ibovespa para o próximo quadrimestre será divulgada 31. A carteira definitiva passa a vigorar a partir do dia 3 de setembro.

Na Europa, as principais Bolsas fecharam em alta, com destaque para a Bolsa espanhola. O índice Ibex, da Bolsa de Madri, subiu 4,05%; o Dax, do pregão de Frankfurt, avançou 0,71%; o Cac, da Bolsa de Paris, ganhou 0,91% e o FTSE, da Bolsa de Londres, teve alta de 0,02%. Nos EUA, os principais índices do mercado de ações também operam em alta nesta quinta-feira. O Dow Jones sobe 0,51%, o Nasdaq tem alta de 0,83% e o S&P 500 ganha 0,57%.

Dois dados positivos sobre a economia americana foram divulgados nesta quinta. Os pedidos de auxílio-desemprego ficaram abaixo da expectativa dos analistas. Na semana finalizada em 11 de agosto, foram observados 366 mil novas solicitações no país, contra expectativa de 368 mil pedidos. E o índice industrial da Filadélfia, que subiu para -7,1 pontos depois dos -12,9 registrados em julho. Mesmo assim, a atividade industrial segue em retração.

Europa

Na Europa, as Bolsas subiram, mas o volume de negócios foi reduzido. Nesta quinta, o mercado repercutiu positivamente o crescimento de 2,8% das vendas no varejo no Reino Unido, em julho. Já se espera uma revião do crescimento do PIB do país, este ano, para cima. E a agência de notícias Bloomberg informou que a Espanha deve receber em breve parte do pacote de empréstimos para a recapitalização emergencial dos bancos do país. O pacote soma 100 bilhões de euros e o primeiro socorro será de 30 bilhões. Há informações também de que a Espanha deve pedir em breve o socorro financeiro, o que levaria o Banco Central Europeu (BCE) a comprar títulos soberanos do país.

Na Ásia, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou que há obstáculos ao crescimento do país. Ele sinalizou que há espaço para mais afrouxamento monetário por parte do banco central chinês, segundo a agência de notícias Xinhua. Wen disse que os fundamentos da economia chinesa continuam sadios, mas pressões externas e outros fatores podem minar a estabilização do crescimento doméstico. Ele disse que o consumo aumentou em junho, assim como os investimentos. A queda da inflação, disse ele, abre espaço para mais estímulos monetários.

No Japão, o índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou com alta de 1,88%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou de 0,45%, enquanto o índice Xangai Composto caiu 0,32%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi, da bolsa de Seul, subiu 0,05% após o feriado de quarta.

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