A Bolsa brasileira ignorou o peso da Vale e fechou acima dos 98 mil pontos nesta segunda-feira (4). É a nova máxima histórica, alcançada em dia positivo também no mercado americano e com o início do ano no Congresso. O dólar avançou.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, avançou 0,74%, a 98.588 pontos. O volume financeiro, de R$ 14 bilhões, foi menor que a média registrada no mês de janeiro.
Ainda sob impacto do desastre em Brumadinho (MG), a Vale puxou o índice para baixo. Segundo papel mais negociado do dia, as ações ordinárias da companhia caíram 3,39%, e fecharam o pregão negociadas a R$ 44,68.
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O recorde da Bolsa, segundo em dois pregões, foi alcançado apesar da queda de 3,4% da Vale, reflexo do fechamento de barragens da companhia por decisão da Justiça. A mina do Brucutu seria a mais afetada, com potencial de reduzir a produção em 30 milhões de toneladas por ano.
É mais uma medida judicial que afeta a empresa após o rompimento da barragem de Brumadinho (MG), que deixou 134 mortos e 199 desaparecidos até o momento.
O dólar subiu 0,27%, a R$ 3,6730, em dia negativo para moedas emergentes.
Conjuntura política
Esta segunda-feira (4) marcou o início dos trabalhos no Congresso, após as eleições para presidente da Câmara e do Senado com viés favorável ao governo.
Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiador da reforma da Previdência, foi reeleito presidente da Câmara, enquanto o ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS) emplacou seu colega de partido, Davi Alcolumbre (AP) para a presidência do Senado, destronando Renan Calheiros (MDB).
Nesta segunda, Maia defendeu aos colegas da Câmara mudanças nas regras para a aposentadoria. “Devemos aprovar uma Reforma adequada às exigências de dinamização da nossa economia. Ao mesmo tempo, precisamos ter sensibilidade para evitar que o sacrifício imposto ao conjunto da população venha a ser demasiado, e injustamente distribuído”, disse.
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