Um novo dia de pânico na Bolsa de Xangai (China), com queda de 6%, acendeu mais um sinal de alerta na economia global, que já sofre com as indefinições da crise grega e sobre os juros americanos.
Em cerca de 20 dias, o mercado chinês perdeu um terço do valor (US$ 3,5 trilhões, pouco menos que o PIB alemão) e, apesar das sucessivas intervenções de Pequim, o clima de incerteza persiste e analistas discutem se o a crise na Bolsa se tornará uma crise financeira, ao estilo Lehman Brothers, em 2008.
A derrapada da segunda maior economia global derrubou junto os mercados de commodities. O minério de ferro, maior produto de exportação do Brasil, teve a maior queda em sete anos. Para a economia brasileira, além do risco para as já fracas exportações, teme-se impacto nos financiamentos prometidos por Pequim.
A queda reforçou dúvidas sobre o rumo da segunda maior economia do mundo e principal destino das exportações brasileiras, fazendo o dólar fechar nesta quarta-feira (8) em alta sobre o real, para o maior valor desde março (R$ 3,229 na venda).
Nova bolha
O pânico na China ocorre em meio à preocupação crescente dos investidores de que os preços das ações tenham atingido patamares injustificáveis, com estouro iminente de uma “bolha”. O índice CSI 300, que mede os papéis mais negociados em Xangai e Shenzen, teve baixa de 6,8%, enquanto o índice geral de Xangai recuou 5,9%.
Desde 12 de junho, quando a Bolsa de Xangai atingiu seu ápice, o índice já recuou 32%, levando US$ 3,5 trilhões em valor de mercado das empresas chinesas. Em 12 meses, no entanto, ainda acumula alta de 70%.
Para conter a desvalorização, a China acelerou o programa de compra de ações, ampliando US$ 19 bilhões para US$ 42 bilhões o capital de um fundo de emergência. Também suspendeu as ofertas iniciais de ações e limitou operações especulativas que apostam na queda dos preços dos ativos.
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