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A bolsa brasileira fechou a quarta-feira (26) com forte queda em meio ao avanço do coronavírus e a primeira confirmação da doença no país. O Ibovespa, principal índice da B3, recuou abaixo dos 7% e fechou o dia na casa dos 105 mil pontos. A retração é a maior desde maio de 2017, quando veio à tona a gravação de uma conversa privada entre o então presidente Michel Temer e o empresário Joesley Batista. Naquela ocasião, a bolsa caiu 8,8%.
Já o dólar comercial atingiu o patamar de R$ 4,44 pela primeira vez após a criação do real – novo recorde. A moeda americana abriu o dia a R$ 4,4120 e chegou a atingir R$ 4,4420 às 16h27. Além do primeiro caso de coronavírus, a queda nos preços do petróleo e o risco político no país aumentam a cautela do mercado.
De acordo com levantamento realizado pelo Estadão/Broadcast, acompanhando nove casas de câmbio, o dólar turismo chega a ser negociado a R$ 4,64. O valor mais baixo encontrado nesta quarta é de R$ 4,56. Antes mesmo da abertura do pregão, às 13 horas desta quarta, o Banco Central anunciou leilão das 13h30 às 13h40 de até 10.000 contratos de swap cambial, em um total de US$ 500 milhões, numa tentativa de conter a desvalorização do real.
Ações têm forte desvalorização
A aversão ao risco no mercado com a difusão do coronavírus e os ajustes às quedas de papéis de empresas brasileiras (ADRs) em Nova York na segunda e na terça prejudicam as ações do setor aéreo: Azul PN caía 9,47% e Gol PN tinha declínio de 7,78%. Vale ON e Petrobrás perdiam na faixa de 7%.
O setor de alimentos também tem perdas. JBS ON entrou em leilão após cair 6,54%. Marfrig ON tem baixa de 4,29%, enquanto que BRF ON cai 3,59%. Fora do índice, Minerva ON registra baixa de 4,31%.