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São Paulo - O mês de agosto começou com o mesmo ritmo do mês passado: investidores animados com os sinais de recuperação da economia global e commodities em forte alta. A combinação garantiu que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechasse ontem acima dos 55 mil pontos pela primeira vez desde setembro do ano passado, e que o dólar comercial caísse à menor cotação desde o fim do mesmo mês, que marcou o estouro da crise econômica mundial.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou em alta de 2,25% aos 55.997 pontos, o nível mais alto desde 1º de setembro de 2008. O giro financeiro foi de R$ 4,46 bilhões. Já a moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 1,835, com recuo de 1,6%, a menor cotação desde 26 de setembro. Nem mesmo a atuação do Banco Central no mercado mexeu com o valor. A autoridade monetária realizou um leilão de compra por volta das 15 horas, e adquiriu a moeda com taxa de corte de R$ 1,8314.

EUA e China

Os investidores em todo o mundo foram às compras depois que Estados Unidos e China trouxeram dados macroeconômicos positivos. Em Wall Street, o índice Dow Jones subiu 1,25%, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 1,52%. No país asiático, o índice de atividade industrial apresentou alta em julho. Já nos EUA, os gastos na construção cresceram 0,3% no mês passado, enquanto analistas esperavam queda de 0,5%, e o índice de atividade industrial apresentou melhora ante junho, embora ainda indique contração.

Os ganhos foram sustentados principalmente pelo bom desempenho das principais ações negociadas na Bovespa, as preferenciais da Petrobras e as preferenciais classe A da mineradora Vale. A primeira avançou 3,43%, enquanto a segunda teve ganho de 2%.

Os dois papéis foram beneficiadas pelo avanço do preço das commodities. O índice CRB, uma cesta de preços de matérias-primas, avançou 3,42%. O preço do petróleo em Nova Iorque, por sua vez, teve alta de 3,07%, ultrapassando a barreira dos US$ 70 por barril.

Entre as ações listadas no Ibovespa, as maiores altas foram das ordinárias da Embraer (9,21%), B2W (6,62%) e Rossi Residencial (6,39%). As maiores baixas foram das ordinárias da Gafisa (-1,89%), das preferenciais da TIM Participações (-0,72%) e das ordinárias da Eletrobrás (-0,7%).

O Ibovespa deverá ter poucas alterações para o terceiro quadrimestre do ano, segundo informou ontem a administração da BM&FBovespa. Na primeira prévia da nova carteira, a única mudança prevista é a entrada das ações ordinárias da mineradora MMX.

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