A bolsa da Espanha não foi afetada pelo rebaixamento que a agência de classificação de riscos Standard & Poor's fez nesta quinta-feira (13) à dívida soberana a longo prazo do país, que caiu de "++AA++" para "++AA++-" com perspectiva negativa.
No fechamento dos mercados de renda variável, o seletivo espanhol Ibex-35 registrou alta de 32 pontos (0,36 %), até chegar aos 8.975,50 pontos. O governo do país atribuiu a decisão da agência à crise financeira da Europa.
A Standard & Poor's argumentou que rebaixou a nota espanhola devido às baixas perspectivas de crescimento do país, ao elevado endividamento do setor privado e ao alto desemprego, que está em mais de 20%. A agência já havia rebaixado nessa semana a nota de dez bancos espanhóis.
A ministra da Economia, Elena Salgado, disse em que apesar do corte, a qualificação da dívida soberana espanhola continua sendo de "excelente qualidade".
No fechamento dos mercados, o diferencial que existe entre a rentabilidade da dívida espanhola e a alemã ficou em 301 pontos, abaixo dos 308 pontos do fechamento de ontem.
O banco americano Goldman Sachs calculava nesta sexta-feira (14) que as instituições financeiras espanholas poderiam necessitar até US$ 80,000 bilhões para garantir provas de solvência mais exigentes. Por isso, os dois maiores bancos espanhóis sofreram perdas: o Banco Santander caiu 1,08 %, e o BBVA, 0,68 %. Helena destacou, no entanto, que as grandes instituições espanholas cumprem as exigências de capital europeias.
O governo de José Luis Zapatero aprovou unificar os fundos de garantia de depósitos de bancos, caixas e cooperativas num só, que assumirá as futuras perdas derivadas da reestruturação financeira e seguirá garantindo um máximo de 100 mil euros por entidade e depositante.
A ministra defendeu a unificação dos fundos de garantia, destacando que a medida melhora a solvência do sistema financeiro sem que isso represente custo apara os contribuintes.