A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve um dia instável e fechou em baixa modesta, com um movimento de vendas próximo ao encerramento. O Ibovespa, que acompanha os preços das ações mais negociadas, encerrou o dia em baixa de 0,43%, aos 54.671 pontos. O volume financeiro foi de R$ 4,12 bilhões. Na semana, o indicador acumula ganhos de 0,19%.
A bolsa brasileira operou parcialmente desvinculada dos negócios nas bolsas americanas, sua principal referência externa. Na segunda-feira, há vencimento de opções (contratos de direito de venda ou compra de ativos), o que usualmente torna os negócios mais voláteis.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,900 para venda, em declínio de 0,26%. A taxa de risco-país marca 198 pontos, número 0,5% abaixo da pontuação final de ontem.
A ausência relativa de más notícias sobre a crise dos créditos "subprime" têm permitido a recuperação das Bolsas de Valores, com destaque para a Bovespa, que nos últimos 30 dias, teve valorização de 7,38%. Analistas, no entanto, evitam anunciar o fim da crise e questionam a ausência de dados novos sobre a dimensão dos prejuízos e os principais perdedores entre as instituições financeiras.
Ontem, os problemas com os "subprime" voltaram a assombrar os mercados. O banco britânico de hipotecas Northern Rock teve que ser socorrido pelo Banco da Inglaterra (o banco central desse país), o que derrubou as Bolsas européias.
A agenda econômica foi repleta de indicadores, que ganham importância a poucos dias da reunião do Federal Reserve (banco central dos EUA). Analistas e investidores esperam que a autoridade monetária reduza em 0,25 ponto porcentual a taxa básica de juros local. Uma parcela mais otimista do mercado, que chegou a influenciar com força os negócios, espera uma redução de 0,50 ponto.
As vendas no varejo dos EUA cresceram 0,3% em agosto, em contraste com um decréscimo de 0,5% em julho. Analistas de mercado projetavam incremento de 0,5% para o período. O déficit em conta corrente, que inclui comércio de bens e serviços com o exterior, atingiu US$ 190,8 bilhões no segundo trimestre, ante US$ 197,1 bilhões nos primeiros três meses do ano. Economistas de bancos e corretoras estimavam número de US$ 190 bilhões para o trimestre.
Projeções
O analista da corretora Spinelli, Daniel Gorayeb, mantém a projeção do Ibovespa a 62.500 mil pontos para dezembro. A estimativa embute movimentos de realização pontuais no decorrer dos próximos meses.
"Algumas das empresas mais importantes da Bolsa são ligados ao mercado de minério de ferro, que não depende tanto dos EUA e está mais ligado à Ásia, que está crescendo bem", afirma Gorayeb, citando a Companhia Vale do Rio Doce, entre outras.
O analista pondera ainda que a taxa de crescimento do PIB no segundo trimestre mostrou que a economia está aquecida, o que deve favorecer os balanços das empresas nos próximos trimestres. E afirma que o efeito da redução dos juros básicos ainda não esgotou seus efeitos sobre o nível de consumo e atividade.
"O Copom reduziu em 0,25 ponto percentual a taxa Selic neste mês. Esse corte somente vai fazer efeito na economia nos próximos seis meses", acrescenta.
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