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Mercado

Bolsa fecha em queda de 1,54% por temor sobre economia chinesa

Dados de exportação chinesa mais fracos que o previsto e tensões sobre um possível conflito na Ucrânia levaram a Bolsa brasileira ao menor nível desde julho do ano passado. O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, recuou 1,54%, com forte retração sobretudo nos setores de siderurgia e de companhias ligadas ao mercado de commodities, como a Vale e a Petrobras.

Os papéis da mineradora brasileira fecharam com queda de 2,66%, diante da exposição ao mercado chinês -responsável por 80% de suas vendas -e da queda nas cotações do minério de ferro, seu principal produto.

O preço do minério caiu mais de 8% após a divulgação dos dados abaixo do previsto na balança comercial da China em fevereiro. As exportações do país asiático recuaram 18%, enquanto as previsões indicavam uma alta de 5%.

Mineradoras por todo o mundo viram suas ações sofrerem com a desvalorização. Os papéis da Rio Tinto caíram mais de 5% e acumulam uma queda de 4% nos últimos dois pregões. A Anglo American recuou mais de 7%. "Enquanto não tiver números que comprovem que a China vai crescer 7,5%, o mercado vai ficar nervoso. Se a China não melhorar, o pessimismo não se dissipa", afirma o analista da SLW corretora, Pedro Galdi.

Petrobras

As ações da Petrobras também foram afetadas pela aversão ao risco que tomou o mercado após a decepção com a China. Os papéis da estatal recuaram 2,33% apesar do voto de confiança dado pelo mercado na captação feita no exterior.

Segundo o serviço financeiro da agência Reuters, a operação de bônus no exterior para captar US$ 8,5 bilhões teve uma demanda de US$ 22 bilhões.

Para os analistas, a ausência de notícias positivas no Brasil colaboram para uma pressão maior da Bolsa local em dias de tormenta no mercado mundial. "Aqui a situação está um pouco pior porque tem a possibilidade de rebaixamento [da nota de crédito], eleição à frente, juros e inflação em alta. É uma somatória de dados que tem feito a Bolsa ficar de lado o ano inteiro", afirma bruno Gonçalves, da WinTrade/Alpes Corretora.

Câmbio

No mercado de câmbio, o Brasil saiu da contramão da tendência mundial experimentada pela manhã e fechou com leve alta.

A moeda chegou a recuar no início da manhã, em um movimento de correção após o avanço de mais de 1% registrado na sexta-feira e com os rumores da captação da Petrobras.O dólar comercial chegou a se aproximar de R$ 2,30, mas fechou com avanço de 0,21%, cotado a R$ 2,353. Já o dólar à vista, referência para o mercado financeiro encerrou o dia praticamente estável em R$ 2,3452.

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