A última semana no mercado brasileiro de ações foi de otimismo. Com cinco altas consecutivas, amparadas por dados internacionais positivos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registrou o melhor desempenho semanal do ano: subiu 6,4% e voltou aos 66 mil pontos pela primeira vez desde maio.
Ao longo da semana, dados positivos sobre a economia europeia, balanços corporativos melhores que o esperado nos Estados Unidos e sinais de aumento do comércio exterior na China deram fôlego à bolsa paulista, com destaque para os setores de siderurgia e mineração.
O giro financeiro ficou acima da média do mês R$ 5,34 bilhões em quase todos os dias, com exceção de ontem, dia de agenda fraca e negócios abaixo da média. No pregão da sexta-feira, a bolsa paulista registrou alta de 0,87%, aos 66.322 pontos a máxima do dia. Nos Estados Unidos, o Dow Jones teve alta de 0,99%.
Ainda influenciadas pelas recentes declarações de autoridades chinesas de que o país não vai promover aperto monetário, as ações ligadas a commodities deram sustentação ao Ibovespa ontem. Vale ON subiu 0,77% e Vale PNA evoluiu 0,81%. Entre as siderúrgicas, CSN ON subiu 2,07%; Usiminas ON, 2,22% e Gerdau PN, 2,08%.
Papéis de empresas ligadas ao consumo continuaram se beneficiando do cenário econômico interno de redução do ritmo de alta dos juros, queda da inflação e diminuição do desemprego. Lojas Americanas PN liderou as altas do índice com 4,65%, seguida por B2W Varejo ON, 3,83%. Gol PN subiu 2,51% e TAM PN, 2,09%. As ações de bancos acompanharam de perto a variação do índice. A Petrobras, por sua vez, operou na contramão do Ibovespa. O papel PN caiu 0,68% e a ação ON da estatal cedeu 0,28%.
Câmbio
O dólar foi vendido por R$ 1,76, com queda de apenas 0,05%. Na semana, a moeda caiu 1,2%. Para Kleber Hernandez, analista de investimentos da corretora Spinelli, a alta na Bovespa deve continuar na próxima semana, embora em ritmo mais moderado. "A tendência é de crescimento, mas um pouco mais suavizado, porque o clima ainda não é 100% otimista." De acordo com ele, os investidores ainda veem com cautela a situação da Europa.