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Mercado

Bolsa fecha no vermelho com desaceleração industrial na China

Dados mostrando a desaceleração da indústria chinesa afetaram hoje, negativamente, as Bolsas do mundo inteiro, com investidores cautelosos em relação ao desaquecimento de uma das principais economias globais. No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou o dia com desvalorização de 0,78%, para 51.569 pontos. Foi a segunda queda consecutiva do indicador. Os mercados americanos e europeus mostraram baixas entre 0,1% e 1,5%.

"O ligeiro desaquecimento da economia chinesa já era previsto, e o resultado do indicador divulgado hoje não ficou tão fora das estimativas, mas o mercado aproveitou para vender ações e embolsar lucros", diz Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora.

A atividade industrial da China encolheu pelo quarto mês seguido em abril, sinalizando fraqueza econômica no 2º trimestre, segundo pesquisa preliminar do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quarta-feira. O PMI preliminar do HSBC/Markit subiu para 48,3 ante leitura final de março de 48,0, mas ainda permanece abaixo da marca de 50 que separa expansão de contração.

As ações mais negociadas da mineradora Vale caíram 1,21%. A China é o principal comprador internacional do minério de ferro produzido pela companhia brasileira.Dados da economia americana colaboraram para o mau humor externo. O setor manufatureiro dos EUA expandiu menos do que o esperado em abril com recuo dos estoques, enquanto as vendas de novas moradias para uma única família naquele país despencaram para o menor nível em oito meses em março.As ações da Eletropaulo ficaram entre as principais altas do Ibovespa, com avanço de 2,60%, depois que o governo federal fixou em R$ 4,75 bilhões os valores que sairão da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para cobrir gastos das distribuidoras no mercado em fevereiro.

A empresa foi uma das que mais gastaram com energia no segundo mês do ano, junto com a Light. Os papéis da Light caíram 0,46%."Amanhã, o dia será marcado por resultados importantes, como Bradesco, Usiminas e Fibria, o que pode influenciar positivamente a Bovespa", afirma Galdi.

Câmbio

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com desvalorização de 0,58% sobre o real, cotado em R$ 2,231 na venda. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, cedeu 0,71%, a R$ 2,226.

A moeda americana subiu em relação ao real durante parte do dia, estimulada pelo mau humor causado pelo desaquecimento chinês, mas inverteu a tendência após a divulgação dos dados de fluxo cambial na semana passada.

No período, o saldo da entrada e saída de moeda estrangeira do país ficou positivo em US$ 2,375 bilhões, acumulando no mês valor positivo de US$ 3,375 bilhões. Segundo operadores, também colaborou para a queda do dólar a atuação do Banco Central no mercado. O BC deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias no câmbio, através do leilão de 4.000 swaps cambiais (operação que equivale à uma venda futura de dólares) por um total de US$ 198 milhões.

A autoridade também promoveu um leilão para a rolagem de 10.000 contratos de swaps que venceriam em 2 de maio deste ano, pelo valor total de US$ 493 milhões.

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