Os mercados sinalizaram que os investidores querem deixar um pouco de lado a crise europeia e prestar mais atenção à trajetória da economia americana. Ontem, novas declarações de autoridades dos EUA sobre a recuperação local forneceram combustível para as bolsas de valores. O presidente do banco central americano, Ben Bernanke, afirmou que os problemas da Europa provavelmente terão impacto "modesto" no crescimento dos EUA, à medida que os mercados se estabilizem.
O esperado relatório do BC americano, intitulado "Livro Bege", não trouxe novidades, apenas mostrando que a maior economia do planeta teve um modesto crescimento do nível de atividade nos últimos dois meses. O discurso de Bernanke agradou aos investidores, mas não o suficiente: perto do fim, a cautela dos investidores prevaleceu e ordens de venda inverteram o sinal dos mercados de ações.A Bolsa de Nova York, uma referência global, terminou o pregão em queda de 0,41%. No Brasil, a Bovespa recuou 0,51%, com baixo volume de negócios (R$ 5,2 bilhões). As ações subiram 1,14% em Londres e 1,98% em Frankfurt, que concluíram os negócios ainda no momento positivo dos mercados.
Câmbio
O dólar cedeu pelo terceiro dia em seis neste mês, para R$ 1,848 (-0,64%). A melhora do humor do investidor também permitiu que o euro subisse pelo segundo dia consecutivo e voltasse, em alguns momentos, ao patamar de US$ 1,20.