A cautela demonstrada pelo Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) no comunicado divulgado após a sua decisão, ontem, de manter em 5,25% a taxa de juros dos Estados Unidos deixou o mercado pessimista. A Bovespa chegou a subir até 38.081 pontos logo depois que a resolução foi divulgada, mas fechou em queda de 0,26%, aos 37.600 pontos, com giro de R$ 2,13 bilhões, acompanhando Wall Street. A Bolsa de Nova Iorque caiu 0,41%, para 11.173 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) teve baixa de 0,56%, aos 2.060 pontos.
Apesar de o Banco Central ter realizado leilão de compra de divisas à tarde com corte a R$ 2,1825 , o dólar comercial recuou 0,36%, vendido a R$ 2,178, acompanhando o risco-país, que no final da tarde caía 0,93%, para 214 pontos.
A Bovespa sofreu bastante nas últimas semanas com as incertezas a respeito do rumo dos juros dos EUA. No dia 9 de maio, véspera da antepenúltima reunião do Fed, ela havia atingido o 23.º recorde do ano, aos 41.979 pontos. Como não vieram os esperados sinais de que o aperto monetário estava perto do fim, os estrangeiros fugiram dos emergentes. No patamar mínimo do ano, a Bolsa brasileira chegou, em 13 de junho, aos 32.847 pontos foi um tombo de 21,75% em pouco mais de um mês.
No fim de junho, os juros foram novamente elevados, mas a maior parte do movimento de fuga já tinha se dado. Os especialistas também dizem que os bons fundamentos da economia brasileira inflação sob controle, bom superávit comercial, crescimento das reservas internacionais impediram que a queda da Bovespa fosse ainda maior.
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