A forte valorização da Bovespa no primeiro pregão de 2009, de 7,17%, não deve ser encarada como um sinal de que as ações vão reverter seu rumo neste ano. Muito solavanco e incertezas prometem marcar ainda o mercado acionário, principalmente neste primeiro trimestre. Analistas lembram que, mesmo que haja boas oportunidades, ninguém pode garantir que a bolsa irá ter um ano virtuoso em 2009.

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Para os investidores que tomaram um susto com o mercado de ações em 2008, as aplicações atreladas aos juros – como os fundos DI e de renda fixa, além do CDB – tendem a repetir os bons retornos do ano passado. Isso porque mesmo que se espere que o BC reduza a taxa básica Selic – referência para os juros praticados no mercado – no decorrer do ano, ela não deve descer para nível muito abaixo do atual.

"O primeiro trimestre ainda vai ser nebuloso, com as empresas apresentando seus balanços fechados de 2008. Após isso, poderemos ter um panorama mais claro’’, afirma Mauro Calil, professor e educador financeiro. "O mercado acionário é uma boa opção, mas apenas se a pessoa tiver paciência e puder manter o dinheiro por mais tempo aplicado. Bolsa é investimento de longo prazo.’’

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A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou 2008 com desvalorização de 41,22%, tendo sofrido sua mais forte baixa desde 1972. Muitas empresas perderam valor de mercado, mesmo mantendo fundamentos sólidos. Por isso tem sido comum analistas afirmarem que há muitas ações baratas. A ação ON do Banco do Brasil, por exemplo, sofreu desvalorização de 49% no ano passado. Os papéis PN da Petrobras se depreciaram 46%.