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Bolsa sobe com alta de ações da Vale

Expectativa de reajuste no preço do minério de ferro alavancou ações da Vale | Sheng Li/Reuters
Expectativa de reajuste no preço do minério de ferro alavancou ações da Vale (Foto: Sheng Li/Reuters)

São Paulo - A bolsa brasileira reagiu ontem pelo segundo dia consecutivo, impulsionada pela forte valorização das ações da mineradora Vale, empresa consagrada como a mais importante do mercado acionário doméstico. O Ibovespa, principal termômetro da bolsa no país, terminou o dia com alta de 0,5%, totalizando 69.386 pontos.

As ações da Vale dispararam ontem devido a rumores sobre a nova política de preços e a expectativa de reajuste acima de 100% em alguns segmentos de minério de ferro. Os papéis ON (ordinários, com direito a voto) da Vale tiveram alta de 3,91%, e os PNB (preferenciais tipo B, sem voto), de 2,76%.

Em comunicado ao mercado, a diretoria da Vale não mencionou valores e limitou-se a dizer que a nova política comercial "reflete a realidade de mercado e as necessidades específicas" de cada cliente.

"A estratégia de preços deve trazer ótimos resultados no curto prazo, já que os preços alcançados devem ser os mais altos na história da Vale", avalia a corretora Link.

As ações da mineradora brasileira movimentaram ontem R$ 1,258 bilhão e responderam por 21,3% dos negócios na Bolsa de Valores de São Paulo, cujo volume total de transações somou R$ 5,895 bilhões.

Desde o ano passado, a Vale passou em volume de transações a estatal Petrobras, que atravessa um conturbado programa de capitalização para viabilizar a exploração de petróleo na camada de pré-sal. As ações da Petrobras movimentaram ontem R$ 741,5 milhões – ou 12,6% do volume da bolsa.

Além do otimismo com a Vale, o mercado brasileiro seguiu o dia positivo no exterior, com as altas da Dow Jones e da Nasdaq.

Com o desempenho atual, a Bovespa caminha para terminar o mês de março como a melhor opção de investimento. Até ontem, o Ibovespa mantinha valorização de 4,34% no mês. No ano, a alta é mais modesta, de 1,16%. Segundo a Bovespa, até o dia 19, os ingressos de recursos estrangeiros superaram as retiradas no mês em R$ 1,786 bilhão. A entrada de recursos externos ajuda a explicar a recuperação da bolsa.

Câmbio

No mercado de câmbio, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,779, em queda de 1,16%, depois de ter encerrado acima de R$ 1,80 na véspera. Profissionais de mercado esperam uma entrada de recursos bastante expressiva nos próximos dias, por conta de captações externas feitas por grandes empresas brasileiras.

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