As ações da mineradora Vale e de bancos levaram a Bolsa a fechar, nesta terça-feira (14), com leve alta pela segunda sessão seguida, um dia antes da divulgação de pesquisas eleitorais Datafolha e Ibope e em meio a um cenário externo marcado por notícias negativas.

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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 0,10%, a 58.015 pontos.

De acordo com analistas, a alta da Bolsa é resultado da expectativa com a divulgação de pesquisas Ibope e Datafolha nesta quarta-feira (15).

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"Os investidores aguardam as pesquisas eleitorais do Datafolha e do Ibope para ver se confirmam a sondagem do Sensus, que mostrou distância de Aécio Neves (PSDB) em relação à presidente Dilma Rousseff (PT), afirma Eduardo Velho, economista-chefe da gestora de recursos Invx Global.

"As pessoas compraram a ideia de que as pesquisas vão captar as denúncias envolvendo a Petrobras, além do fator emocional da liderança do Aécio. O diferencial de votos deve aumentar no Ibope e Datafolha e, com isso, a tendência é de alta", avalia.

Os investidores também observaram a sondagem da Vox Populi que mostrou empate técnico entre Dilma e Aécio, com vantagem numérica para a presidente.

Segundo o levantamento realizado no sábado (11) e domingo (12), Dilma tem 45% das intenções de voto contra 44% de Aécio. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais. Os eleitores que planejam votar em branco ou nulo somam 5%, e os indecisos outros 5%.

Considerando apenas os votos válidos (que excluem os brancos, nulos e indecisos), a presidente tem 51% e o tucano soma 49%.

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"Os investidores começaram o dia embolsando lucro após a alta de segunda-feira [a maior desde agosto de 2011]. Em relação à pesquisa, achei que o mercado fosse repercutir mais os dados. Sem dúvida, a reeleição de Dilma terá impacto negativo sobre a Bolsa, por causa do intervencionismo nas estatais", afirma Ivo Seixas, analista da UM Investimentos.

Na noite desta terça (14) haverá o primeiro debate dos presidenciáveis no segundo turno, na TV Bandeirantes. Para Seixas, o resultado poderá influenciar a Bolsa nesta quarta (15).

Os investidores também estiveram atentos a dados do exterior nesta sessão. A produção industrial da zona do euro caiu mais do que o esperado em agosto, principalmente devido à queda na produção de bens de capital que são usados para investimento, informou a agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, nesta terça (13).

A Eurostat informou que a produção nos 18 países que usam o euro caiu 1,8% em agosto sobre julho e 1,9% sobre um ano antes. A agência também revisou para baixo o crescimento da produção industrial em julho para 0,9% sobre o mês anterior, contra 1,0% divulgado anteriormente, e para 1,6% na comparação anual, ante 2,2%.

Nesta quarta (15) o Federal Reserve (Fed, banco central americano) divulga o Livro Bege, elaborado com base em informações sobre a atividade empresarial coletada com contatos em todos os Estados Unidos. O relatório espelha indicadores de emprego, manufatura e outros dados que indicaram crescimento forte no segundo trimestre e impulsionaram as perspectivas para o resto do ano.

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Dólar

No mercado cambial, o dólar subiu em relação ao real nesta terça (13), em linha com as principais moedas emergentes. O dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,45%, a R$ 2,396. O dólar comercial, usado nas transações no comércio exterior, avançou 0,29%, a R$ 2,40.

Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às intervenções diárias que faz no mercado cambial e ofereceu 4.000 contratos de swap cambial (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro) com vencimentos em 1º de junho e 1º de setembro de 2015. Foram vendidos 2.300 contratos para 1º de junho e 1.700 para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.

O BC também rolou nesta sessão os 8.000 contratos de swap que vencem em 3 de novembro, que equivalem a US$ 8,84 bilhões. Até agora, a autoridade monetária já rolou 45% do lote total.

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