A manhã de quinta-feira com poucas notícias foi tranqüila no mercado financeiro. Nos negócios com ações, predominou as vendas dos papéis, com a qual os investidores recolhem lucros recentes. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou a manhã em baixa de 0,45%, com 38.311 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista "tradicional" fechou a manhã em baixa de 0,54%, cotado a R$ 2,214 na compra e R$ 2,216 na venda. Na novíssima roda de dólar "pronto" da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), a moeda recuou 0,63%, a R$ 2,210 na compra e R$ 2,212 na venda.
A queda da Bovespa é mais uma vez relacionada a uma discreta realização de lucros, que pode perfeitamente ser absorvida no final do pregão. Foi assim nos dois últimos dias, quando a bolsa operou em baixa, virou e acabou por bater novos recordes históricos de pontos. A razão para isso é o incessante ingresso de recursos externos à bolsa, que impede uma correção de preços.
Já a baixa do dólar gera mais discussões. O Banco Central continua a comprar dólares nos mercados à vista e futuro, mas não impede a queda da cotação. Muito se discute se o BC mantém o dólar em baixa como forma de controlar a inflação, ou se a instituição prepara medidas novas para impedir novas quedas.
Para Sidnei Moura Nehme, diretor da corretora Pioneer, o aumento das posições "vendidas" dos bancos em janeiro deixa evidente que os bancos não estão esperando medidas bruscas, que trariam perdas às suas apostas no mercado futuro.
Na segunda-feira, o mercado interbancário de câmbio movimentou US$ 2,402 bilhões. Na inauguração da roda de dólar "pronto" da BM&F, foram negociados US$ 358 milhões, em 235 negócios.
- Ainda não dá para saber como será a evolução, mas o mercado de câmbio demonstra que precisa de um "fixing" mais rápido do que a roda do "pronto" está apta a proporcionar - diz Nehme, afirmando que o sistema da bolsa de futuros ainda não proporciona a velocidade necessárias para algumas operações, em especial a dos exportadores.