As bolsas de valores da Ásia registraram nesta sexta-feira (2) mais um dia de perdas, ainda seguindo os efeitos da crise iniciada na China nesta semana.
Neste clima de grande tensão, pelo quarto dia consecutivo, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em queda, de 1,35%, a 17.217,93 pontos. Em uma semana, o Nikkei caiu 5,34%. Sydney (-0,42%) e Manila (-1,56%) também fecharam em queda.
No sentido contrário, a bolsa chinesa, que ajudou a disparar o movimento de venda de ações por todo o mundo na terça-feira, subiu hoje 1,3%. Assim como Xangai, outras praças financeiras conseguiram fechar em leve alta: Hong Kong (+0,79%), Seul (+0,35%), Bangcoc (+0,14%) e Cingapura (+0,40%).
O prejuízo congelou o otimismo dos investidores e operadores depois de, pela primeira vez em sete anos, a Bolsa japonesa ter superado a barreira dos 18.000 pontos, graças à boa fase da economia nipônica.
A crise do início da semana continua influenciando os mercados. Os investidores temem as conseqüências de um desaquecimento da economia dos Estados Unidos e a explosão de uma bolha na Bolsa chinesa.
"Os intestidores continuam nervosos", comentou Toshihiko Matsuno, analista da SMBC Friend Securities. "Nos próximos dias, o prosseguimento da tendência negativa é um cenário provável", acrescentou.
"Os mercados se comportaram de maneira um pouco irracional nos últimos dias. Alguns operadores aproveitaram para especular", diz Chen Huiqin, analista da Huatai Securities.
O temor dos corretores asiáticos refletiu em parte a incerteza que caracterizou o comportamento da Bolsa de Nova York na quinta-feira. O índice Dow Jones terminou o dia em queda de 0,28%. Durante as operações chegou a perder 200 pontos (-1,6%), mas reduziu progressivamente as perdas depois da publicação do índice industrial do país, que apresentou resultados melhores que o previsto. O índice Nasdaq também fechou no vermelho (-0,49%).
"A prudência dos investidores estrangeiros obedece às incertezas macroeconômicas. A curto prazo continuarão acontecendo grandes flutuações", disse Ron Rodrigo, da Unicapital Securities, de Manila.
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