Um dia após a forte reação das bolsas mundiais com temor pela crise na Grécia, as bolsas da Ásia voltaram a registrar queda nesta sexta-feira (7). A Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de sexta com baixa de 3,10%. O índice Nikkei perdeu 331,10 pontos, a 10.364,59 unidades. Ontem, as perdas haviam sido de 3,27%, a 10.695 pontos, na volta de um feriado de três dias.
A bolsa de Hong Kong registrou queda de 1,06% no índice Hang Seng. Já a bolsa de Seul teve baixa de 2,21%. Em Xangai, as perdas foram de 1,87%, inferiores às de quinta, quando o recuo foi de 4,11%, a pior performance desde meados de abril.
Para garantir a liquidez do mercado diante da crise grega, o banco central do Japão injetou nesta sexta cerca de US$ 20 bilhões no sistema bancário. O primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, disse que está "muito preocupado" com a queda das bolsas mundiais e prometeu "tomar as medidas apropriadas" para defender a economia do Japão.
Bolsas europeias
As bolsas europeias também começaram em baixa o pregão desta sexta. Às 7h (horário de Brasília), a bolsa de Londres caía 1,24%. A de Frankfurt, 0,95%. E a de Paris, 1,30%.
Efeito Grécia
As bolsas de valores mundiais sofrem fortes abalos na quinta-feira (6), com temores de que a crise da dívida grega se espalhe por outros países europeus e ameace a estabilidade do euro.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), o Ibovespa chegou a despencar mais de 6% no meio da tarde, antes de iniciar um ciclo de recuperação, com os investidores aproveitando os baixos preços das ações para entrar na ponta compradora. O principal índice terminou o dia com queda de 2,31%.
Movimento semelhante ocorreu visto na Bolsa de Nova York o principal indicador local, o Dow Jones, chegou a tombar 9%, mas terminou em queda de 3,19%.
No mercado de câmbio, o dólar chegou a disparar 5,22% e se aproximou da cotação de R$ 1,90. No fim dos negócios, perdeu um pouco da força: a moeda encerrou o dia vendida a R$ 1,849, com ganho de 2,84% sobre a cotação de fechamento da véspera.
O mau humor tomou conta dos mercados depois de o parlamento grego aprovar um plano para reduzir seu déficit fiscal nos próximos anos. A aprovação do programa era um requisito para a liberação da ajuda à Grécia por parte de países da zona do euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI).Uma das preocupações é de que ajuda não seja suficiente.
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