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Guerra comercial

Bolsas despencam e dólar dispara com contra-ataque chinês

Marca Made in China, representativa da guerra comercial entre os EUA e a China

Um acordo comercial entre China e Estados Unidos parece estar longe de ser alcançado. Novos tuítes negativos do presidente americano Donald Trump e o anúncio chinês de aumentar as tarifas de importações dos EUA derrubaram a confiança de investidores nesta segunda-feira (13).

As Bolsas de Nova York tiveram a maior queda desde janeiro. Os índices Dow Jones e S&P 500 caíram 2,5%. O índice de volatilidade VIX, que mede a aversão a risco, subiu mais 28% , o maior alta percentual do ano. No Brasil, o dólar comercial chegou a R$ 3,979, ou seja, R$ 4 e a Bolsa recuou 2,69%, chegando ao seu menor nível em 4 meses.

O mercado esperava o término das negociações entre China e EUA na sexta-feira (10), com a visita do vice-premiê chinês Liu He a Washington. No meio do caminho, elevação de tarifas americanas a importações da China e ameaça de retaliação chinesa.

Apesar de nenhum acordo ser assinado, na tarde de sexta (10), Trump sinalizou que as negociações continuariam, o que devolveu certo otimismo ao mercado, que vinha em baixa.

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Na noite de domingo (12), novos tuítes negativos do presidente norte-americano. Na manhã desta segunda (13), a retaliação chinesa: aumento de 25% nas tarifas de US$ 60 bilhões (R$ 237,4 bilhões) de importações dos EUA a partir de 1º de junho.

O combo afastou a aposta do mercado em um possível acordo a curto prazo.

"O mercado inteiro apostava em um acordo sem qualquer aumento de taxação entre países. O problema é que o governo chinês reagiu à postura de Trump com retaliação. Isso tem um efeito dominó em todas as outras economias, especialmente as emergentes que estão mais vulneráveis aos investidores estrangeiros", diz Fernando Bergallo, diretor de Câmbio da FB Capital.

Soma-se à incerteza global um cenário doméstico turbulento por conta da tramitação da reforma da Previdência. "Os estrangeiros sacam dinheiro do país para alocar em investimentos mais seguros", afirma Bergallo.

"Quando a gente chega a R$ 4, existe um movimento de realização de lucros, um ajuste técnico. Muitas pessoas vendem dólar nesse patamar. Em momentos de turbulência, é necessário diminuir risco. Recomendamos não vender tudo agora, fracionando operações para buscar taxa média de retorno", diz Bergallo.

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