As bolsas de valores da Ásia subiram para o maior patamar em um mês nesta terça-feira, com bancos ampliando ganhos com expectativas de que o frágil sistema financeiro global está se estabilizando, apesar de dados que mostram que a economia norte-americana está se deteriorando.
O Barclays informou na segunda-feira que teve um forte desempenho no início deste ano, ecoando comentários positivos feitos nas últimas semanas pelo Citigroup, JPMorgan e Bank of America. Os anúncios ajudaram ações do setor financeiro que passaram a ser um importante impulsionador dos mercados acionários.
"Ainda não podemos realmente relaxar, uma vez que não sabemos todos os detalhes dos lucros até que os resultados trimestrais sejam divulgados e ainda há muita incerteza", informou Takashi Ushio, diretor da divisão de estratégia de investimento do Marusan Securities, no Japão. "Mas parece que eles saíram do perigo pior", acrescentou.
A retomada pressionou alguns investidores que tinham apostado contra ações, forçando-os a comprar ações de volta. Mas analistas se mostram divididos sobre se o rali poderá se sustentar sem uma ampla recuperação da confiança dos investidores.
O índice MSCI que reúne mercados da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 1,17 por cento às 7h37 (horário de Brasília), avançando pelo terceiro dia consecutivo. Mais cedo, o índice subiu 1,75 por cento, chegando ao maior nível em um mês, impulsionado por ações de matérias-primas, setor financeiro e de consumo constante.
A bolsa de Tóquio subiu 3,18 por cento, para 7.949 pontos, maior patamar desde 9 de fevereiro. Em 20 dias, o Nikkei subiu 4 por cento, superando a perda de 0,3 por cento do índice europeu de ações.
Sydney avançou 3,1 por cento, também impulsionada por bancos. Hong Kong chegou a subir 2 por cento, avançando para o sexto dia consecutivo antes de recuar e fechar em queda de 0,76 por cento.
Xangai subiu 3,02 por cento, Taiwan se valorizou em 1,41 por cento, Seul cresceu 3,41 por cento e Cingapura teve baixa de 1,72 por cento.
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