As bolsas de valores asiáticas registraram valorização nesta quinta-feira com o alívio trazido pelo voto a favor das medidas de austeridade na Grécia.
Com o encerramento do primeiro semestre do ano, os últimos esforços da Grécia para reduzir sua dívida alimentaram esperanças de que o país remova uma parte da incerteza que paira sobre os mercados.
Temores de que o crescimento das economias norte-americana e chinesa estejam rapidamente perdendo fôlego, assim como de que a Grécia possa estar se dirigindo para uma conturbada reestruturação de sua dívida provocaram um amplo recuo nos mercados acionários e de commmodities e avanço nos títulos de dívida, bens considerados mais seguros.
Analistas do Goldman Sachs recomendaram que seus clientes comecem a adicionar ativos de risco maior a seus portfólios com a dissipação da crise na Grécia no atual momento, argumentando que os obstáculos econômicos dos altos preços do petróleo e da interrupção da cadeia de fornecimento no Japão estão se dissipando.
O índice MSCI que reúne bolsas da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão avançou 1,6 por cento e encerrou a primeira metade do ano em território positivo --mostrando a resistência do mercado acionário frente a todas as preocupações de investidores.
Entre os setores regionais, ações ligadas ao consumo tiveram a maior performance do ano até agora, com alta de 10 por cento sustentada pelos ganhos das montadoras sul-coreanas Hyundai e Kia Motors, conforme ambas conquistaram fatias de rivais japonesas no mercado norte-americano.
Papéis de companhias de tecnologia registraram o pior desempenho, com perda de 6,5 por cento à medida que as gigantes da computação e fabricação de chips asiáticas reportaram vendas mais fracas.
As ações também tiveram ganho conforme operadores cobriram vendas a descoberto realizadas antes dos votos parlamentares na Grécia. As vendas a descoberto de papéis do índice Hang Seng, de Hong Kong, atingiram nesta semana seu maior nível desde a crise financeira em 2008.
O índice do Japão TOPIX teve alta de 0,6 por cento mas acumula queda de 5,5 por cento no ano com problemas com a cadeia de distribuição após o terremoto de 11 de março e preocupações com a falta de energia no verão.