As ações europeias declinaram nesta quarta-feira depois de terem atingido máximas em 14 meses na sessão anterior. Os bancos apresentaram declínios fortes e a companhia farmacêutica suíça Basilea caiu acentuadamente depois um revés sobre um medicamento chave.
O índice Dow Jones Stoxx 600 caiu 0,4% para fechar em 253,16 pontos, após ter terminado ontem no maior patamar desde outubro de 2008. O índice pan-europeu saiu das mínimas depois de Wall Street abrir numa faixa estreita de oscilação.
Em Frankfurt, o índice DAX-30 fechou em baixa de 0,90%, em 5 957,43 pontos numa sessão encurtada. O mercado ficará fechado amanhã, após acumular alta de 23,8% em 2009 - seu melhor ano desde 2005. O melhor desempenho entre os papéis do índice alemão no ano passado foi o do Infineon Technologies, que disparou 353%, enquanto o Commerzbank foi o pior, com declínio de 11,4%.
Em Paris, o CAC-40 caiu 0,62% para terminar em 3,935,50 pontos e o índice FTSE 100, de Londres, caiu 0,73% para 5,397,86 pontos.
O destaque de queda da sessão foi a farmacêutica Basilea, cujas ações perderam quase 15% depois de a companhia, que detém a patente do deftobiprole, informar que a Food and Drug Administration (FDA) rejeitou o pedido da Johnson & Jonson para comercializar o medicamento contra infecções. A FDA afirmou que alguns dados contidos na solicitação da J&J não são "confiáveis nem verificáveis" e recomendou que dois novos estudos fossem realizados, segundo a Basilea.
Entre as notícias econômicas, o Banco Central da Europa informou que a medida da base monetária na zona de euro se contraiu numa base anual pela primeira vez em novembro, enquanto os empréstimos dos bancos para o setor privado continuaram encolhendo.
As ações de bancos caíram, em sua maioria. O Bank of Ireland cedeu 1% em Dublin e o Royal Bank of Scotland perdeu 3,2% em Londres. As mineradoras também perderam terreno. Rio Tinto caiu 1,4% e Anglo American, 1,2%.
As ações das companhias aéreas caíram na Europa, com a Ryanair Holding perdendo 3,7%, a easyJet, 2,1% e a AirFrance-KLM, 1,7%. As ações da Japan Airlines (JAL) caíram cerca de 23% em Tóquio com os temores de que o grupo financeiramente problemático pode pedir concordata.