As bolsas da Europa vivem um dia de muita cautela nesta terça-feira (7). No dia seguinte ao pânico que se alastrou por todo o mundo, levando as bolsas a perdas históricas, os mercados da região operam com tendências mistas.

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Por volta das 8h (horário de Brasília), a bolsa de Londres subia 0,70%, mesma tendência observada na bolsa de Frankfurt, que subia 1,0%. Em Paris, o indicador CAC-40, que teve na véspera a maior queda percentual de sua história, de 9,04%, subia 1,40%. Na mão contrária, o mercado italiano registrava leve baixa, de 0,08%.

Dia de crise

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Na segunda-feira, o temor do alastramento da crise pela Europa, com a quebra de bancos e a possibilidade real de recessão, levou as ações do continente a uma queda percentual recorde em um único dia, afundando para o menor patamar de fechamento em quatro anos, à medida que os investidores liquidavam ações e Wall Street despencava.

O índice FTSEurofirst 300 desabou 7,75%, para 1.004 pontos, superando a queda de 6,3% de 11 de setembro de 2001, dia dos ataques que destruíram o World Trade Center em Nova York.

Reunião de emergência

Os tombos da véspera motivaram os ministros das Finanças da Europa a realizarem, nesta terça-feira, uma reunião de emergência. Em Luxemburgo, as autoridades buscam um acordo para aumentar a até 100 mil euros a garantia sobre os depósitos bancários no bloco, como parte de uma série de propostas para acalmar a opinião pública e evitar o pânico.

Na reunião entre os 27 países da UE, os dirigentes discutem soluções para a crise que afetou a Europa. Investidores temem que a economia entre em recessão. Na segunda-feira, diante do pânico que tomou conta dos mercados, dirigentes de vários países vieram a público para garantir que os depósitos feitos nos bancos estão seguros.

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Ásia

Na Ásia, o dia foi de novas perdas no Japão. Nas demais praças, foram verificadas altas pela primeira vez em quatro dias nesta terça-feira, enquanto o iene e títulos governamentais caíram depois de um surpreendente grande corte de juros por parte do banco central da Austrália. A decisão australiana criou expectativa de que outras autoridades monetárias poderão seguir a medida.

O pânico de que os governos dos Estados Unidos e da Europa ainda não encontraram uma solução à praga que tomou conta do sistema financeiro global pressionou as ações asiáticas a um patamar mais baixo em três anos mais cedo.

A Coréia do Sul permanece como uma preocupação na Ásia, com o won caindo para o menor nível em sete anos e meio, apesar do presidente do país ter minimizado especulações de uma crise de câmbio similar a que quase quebrou a economia do país há dez anos. O índice Nikkei de Tóquio terminou em queda de 3%, a 10.155 pontos, patamar mais baixo em cinco anos.

Reunião do G7

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A fúria na qual os mercados de ações realizaram amplas vendas nas últimas semanas e a piora de condições do sistema financeiro global faz com que a reunião do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7), que começa na sexta-feira, seja ainda mais importante.

Investidores começaram a antecipar algum tipo de cooperação entre os países para solucionar a crise, especialmente depois do banco central da Austrália ter cortado a taxa de juro em um ponto percentual, a maior redução desde 1992.