Os principais índices do mercado acionário norte-americano fecharam em alta nesta quarta-feira, mas cravaram o pior mês em mais de um ano, com os fortes ganhos nos últimos dias sendo insuficientes para reparar os danos provocados pelo rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos e por temores de uma nova recessão.
O índice Dow Jones, referência da Bolsa de Nova York, avançou 0,46 por cento, para 11.613 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 0,13 por cento, para 2.579 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 0,49 por cento, para 1.218 pontos.
No acumulado de agosto, o Dow recuou 4,4 por cento, o S&P 500 recuou 5,7 por cento e o Nasdaq teve queda de 6,4 por cento.
O humor do mercado mudou radicalmente nos últimos dias, alinhado com expectativas de que o Federal Reserve (banco central norte-americano) intervenha novamente para amparar a economia. Com os ganhos desta quarta-feira, o Dow voltou ao território positivo no acumulado de 2011.
O setor financeiro liderou o avanço no fim da sessão, ajudando a estender o rali do mercado a quatro dias, seguido por papéis do setor industrial. A ação do JPMorgan Chase subiu 1,3 por cento, assim como a da Caterpillar
A ata da última reunião do Fed, divulgada na terça-feira, indicou que vários membros do banco central dos EUA apoiaram mais medidas de afrouxamento monetário, o que acabou impulsionando o apetite por ativos do mercado acionário.
"O mercado tem estado um pouco esquizofrênico ultimamente, mas a ideia de mais estímulos permite que você seja mais otimista com tudo", disse o gestor de risco em ações da Timber Hill/Interactive Brokers, Steve Sosnick, em Connecticut.
"O rali enfraqueceu, já que os dados não foram ótimos nesta manhã, e ainda não sabemos se esse tipo de fraqueza será o bastante para motivar uma 'ação extraordinária' do Fed", disse.
Dados sobre contratações do setor privado em agosto e sobre a atividade industrial no Meio-Oeste dos EUA divulgados nesta quarta-feira mostraram alguns sinais de que o crescimento está esfriando.
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