Embaladas pela expectativa de que o novo pacote de ajuda à Grécia seja aprovado na reunião de ministros de Finanças em Bruxelas, que acontece nesta segunda-feira (20), as bolsas europeias fecharam em alta. Foi o quarto dia consecutivo de alta e o maior nível atingido pelos pregões europeus nos últimos seis meses. No Brasil, a Bovespa só volta a operar na tarde de quarta-feira (22) e, nos Estados Unidos, as bolsas não operaram por causa do feriado do "Dia do presidente".
Na Bolsa de Madri, o índice Ibex subiu 1,86%; em Frankfurt, a índice DAX teve valorização de 1,46%. Já em Paris, o CAC subiu 0,96% e em Londres, o FSTE teve ganhos de 0,68%. O índice Stoxx 600 subiu 0,8% e, neste ano, já avançou 9,6% repercutindo o otimismo dos mercados de que a zona do euro conseguirá conter sua crise da dívida e a economia americana continuará a se recuperar.
Analistas afirmam que a Grécia deve receber o pacote de ajuda, estimado em 130 bilhões de euros, já que no próximo dia 20 de março vencem dívidas que chegam a 14,5 bilhões de euros e o país está sem caixa para honrar os compromissos. Especula-se, entretanto, que a Grécia só receba uma parte desses recursos, enquanto o restante seria liberado apenas depois das eleições de abril. Com isso, a Troika (grupo formado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia, poderia exigir que o novo governo se comprometa com as medidas de austeridade aprovadas pelo atual governo.
"Hoje, a Grécia está isolada na União Europeia e, por isso, as lideranças agem de forma mais dura, exigindo cortes mais profundos no orçamento. Na prática, eles entendem que se a Grécia quebrar, vai quebrar sozinha, sem arrastar outros países. Por isso, pedem medidas de austeridade para um país que já está com a economia em frangalhos", diz Ures Folchini, vice-presidente de Tesouraria do banco WestLB.
Além do otimismo com a ajuda à Grécia, os investidores também repercutiram o anúncio feito no fim de semana pelo governo chinês, reduzindo o percentual dos depósitos compulsórios nos bancos para impulsionar o crescimento. Na prática, serão despejados cerca de US$ 60 bilhões na economia, que poderão ser usados para crédito.
O anúncio também animou as Bolsas asiáticas, que fecharam em alta nesta segunda. Em Tóquio, o índice Nikkei ganhou 1,8%, em seu mais alto nível desde o início de agosto e o índice referencial de Xangai apresentou alta de 0,27%.
Ainda na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) informou nesta segunda-feira que não fez compras de títulos soberanos na semana passada. É a primeira vez que isso acontece desde agosto de 2011. O BCE vem comprando estes títulos no mercado secundário, como forma de regular a taxa de juro pedida pelos papéis. As compras do BCE evitam que a taxa suba muito.
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