Depois de atingirem quedas de mais de 5%, em mais um dia de tensão, as bolsas européias reagem positivamente à ação coordenada de corte de juros anunciada por diversos bancos centrais do mundo.
Por volta das 9h (horário de Brasília), a bolsa de Londres subia 0,99%; em Frankfurt, o DAX recuava 0,28%. Em Paris, o mercado tinha alta de 0,50%; e em Madri a queda era de 0,46%. Mais cedo, na França, a queda excessiva interrompeu as negociações por 15 minutos, depois que um número significativo de ações foi colocado à venda ao mesmo tempo.
Os mercados europeus sofrem com os desdobramentos da crise, à medida em que os bancos da região registram perdas com operações feitas com os chamados "créditos podres" das dívidas imobiliárias norte-americanas.
Mais cedo, o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou um plano de ajuda de 50 bilhões de libras esterlinas aos bancos do país, como forma de evitar o colapso dessas instituições financeiras. O mercado, no entanto, não respondeu e seguiu em forte queda.
É o segundo dia de forte turbulência nos mercados da região esta semana. Na segunda-feira, as ações européias tiveram queda percentual recorde em um único dia até então, afundando para o menor patamar de fechamento em quatro anos, à medida que os investidores liquidavam ações e Wall Street despencava.
O índice FTSEurofirst 300 desabou 7,75%, para 1.004 pontos, superando a queda de 6,3% de 11 de setembro de 2001, dia dos ataques que destruíram o World Trade Center em Nova York. Ásia
Na Ásia, o dia também foi de grandes perdas. O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 9,37%. Foi a maior queda diária desde 1987, quando baixou 14,9%. A pontuação desta quarta, inferior a 10.000, ficou no menor nível desde junho de 2003.
Em Seul, o índice Kospi teve queda de 5,81%. A Bolsa de Xangai fechou com perdas de 3,4%. Em Jacarta, o pregão foi encerrado quando a bolsa operava em baixa de 10,38%. Já em Hong Kong, o índice Hang Seng recuou 5.5%.