Os principais índices de ações europeus fecharam em queda nesta quinta-feira (29), depois que uma recuperação do setor bancário foi interrompida e os resultados da farmacêutica AstraZeneca não animaram os investidores.
Novas evidências de enfraquecimento econômico mundial também pesaram sobre o mercado. Os dados de desemprego continuam a fornecer sinais de enfraquecimento econômico. O número de desempregados na Alemanha subiu em 56 mil no mês de janeiro - o maior avanço em quase quatro anos.
O índice FTSEurofirst 300 - que reúne os principais índices europeus - caiu 1,77 por cento, para 796 pontos, após três dias de alta. Entre os prinicpais mercados, Londres teve alta de 2,45%, enquanto Frankfurt recuou 2,01% e Paris perdeu 2,15%.
Análise
O indicador perdeu 45% em 2008, atingido pela crise de crédito que provocou baixas contábeis nos bancos. "Os dados econômicos continuam a desapontar", disse Georgina Taylor, estrategista de ações da Legal & General Investment Management.
"Para nós, o mercado ainda está volátil. Haverá ralis e quedas. O que aconteceu neste início de ano foi uma falsa esperança", frisou Taylor. "Algumas pessoas vêem a estabilização desses dados, mas nós não vemos isso."
Ações
Os bancos contribuíram com as maiores perdas do índice, após terem apresentado forte recuperação no início da semana. O UBS caiu 9,7%, enquanto operadores mencionavam rumores de um possível prejuízo de 1 bilhão de francos suíços (US$ 865,1 milhões) nas atividades do quarto trimestre. O UBS se recusou a comentar.
O Lloyds recuou 12,2%, após ter disparado mais de 50% na quarta-feira (28). Santander, Barclays, Credit Suisse, Deutsche Bank e HSBC caíram entre 2,5% e 6,3%.
Enquanto isso, as ações da AstraZeneca recuaram 6,3%, após o grupo ter divulgado lucros fracos no quarto trimestre, anunciado o corte de 6 mil empregos e divulgado uma perspectiva cautelosa sobre as vendas em 2009.