A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta nesta quinta-feira, seguindo o otimismo dos mercados da Europa, após a Itália conseguir vender a totalidade dos títulos públicos num leilão já previsto e a Grécia confirmar o nome do primeiro-ministro de seu governo interino. O Ibovespa, índice de referência nacional, avançava 1,01%, aos pontos 58.139, por volta das 11h45m. O dólar comercial opera em baixa de 1,01%, a R$ 1,756 para compra e R$ 1,758 para venda.
Na Europa, o dia é de ganhos nas bolsas, após as desvalorizações de quarta-feira. O FTSE 100, principal índice da Bolsa de Londres, sobe 0,57%. Em Paris, o CAC 40 avança 0,81%. Em Frankfurt, o DAX tem alta de 1,44%. Em Madri, o Ibex 35 ganha 0,44%. Já em MIlão, o FTSE MIB se recupera mais fortemente, com alta de 2,53%. Nos Estados Unidos, as bolsas abrirão às 12h30m do horário de Brasília. Na quarta-feira, a alta na taxa de rendimento (yield) dos títulos soberanos italianos com vencimento em 10 anos ultrapassou 7%, nível considerado crítico. O aumento do yield de títulos públicos demonstra desconfiança, pois os investidores cobram maior retorno para investir em papéis considerados de maior risco.
Quanto maior a demanda pelos títulos, menor a taxa. No leilão de títulos soberanos com vencimento em um ano, a Itália vendeu o equivalente a 5 bilhões de euros e o yield médio ficou em 6,087%, segundo a agência Bloomberg. Nesta quinta-feira, os títulos italianos de 10 anos são negociados com taxas abaixo dos 7% de ontem.
Na Grécia, o ex-vice-presidente do Banco Central Europeu Lucas Papademos foi confirmado, nesta quinta-feira, como o novo primeiro-ministro, num governo interino. A negociação entre o partido socialista Pasok, governista, e a principal agremiação de oposição, a Nova Democracia, começou no sábado. A demora na confirmação do novo líder de governo contribuiu para a instabilidade nos mercados. O novo governo deve tomar posse na tarde de sexta-feira.
Já as bolsas da Ásia fecharam em queda nesta quinta-feira, refletindo a turbulência de quarta-feira na Europa e nos EUA. O Nikkei 225, da Bolsa de Tóquio, recuou 2,91% e o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 5,25%.