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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que pode apoiar Pablo Marçal (PRTB) em São Paulo caso Ricardo Nunes (MDB), candidato apoiado por ele no primeiro turno, não avance na disputa. Bolsonaro votou na manhã deste domingo na Vila Militar, zona oeste do Rio de Janeiro.
Ele disse que, em um eventual segundo turno com Guilherme Boulos (PSOL), apoiará qualquer candidato. "Entrei na campanha do Nunes nos últimos 2 dias. Estive com o Mello Araújo [candidato a vice de Nunes] e fizemos uma live sobre o que está acontecendo em São Paulo. Tem um fato novo, que é o garoto do PRTB [Marçal]. Bastante polêmico. Vamos ver o que o povo decide por lá… depende com quem [ao ser questionado se apoiaria Marçal no 2º turno], contra o Boulos estou com qualquer um”, afirmou.
Bolsonaro expressou confiança no avanço do PL em diversas capitais. “Nós vamos para o segundo turno em Manaus, Cuiabá, Fortaleza", afirmou.
O ex-presidente também comentou suas viagens pelo país e desdenhou da popularidade do atual governo. “Rodei o Brasil, aceitação enorme. Lula, um líder popular sem o voto do povo”, declarou.
Durante a fala, o ex-presidente ouviu gritos de “Volta, Bolsonaro” vindos de eleitores que deixavam a seção eleitoral no Rio, e ele respondeu em tom de brincadeira. “Vou te dar o cachê aí depois, falou”, disse Bolsonaro.
Bolsonaro acompanha Ramagem
Depois de fazer as declarações, o ex-presidente acompanhou o candidato de seu partido no Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem (PL), à votação no Colégio Santa Mônica, na Barra da Tijuca.
Ele reconheceu a dificuldade de Ramagem na busca de uma vaga no segundo turno, mas criticou o candidato à reeleição Eduardo Paes (PSD).
“É difícil, mas temos esperança (do Ramagem no segundo turno). Espero que o presídio não comemore nada hoje no tocante a Eduardo Paes. Eduardo Paes é PT, e o PT é isso aí que está no Brasil todo”.
Ramagem demonstrou confiança. “Estamos na expectativa de chegar bem ao segundo turno e virar a eleição. No Brasil inteiro, o PL está fazendo vários candidatos no segundo turno. Uma grande força chegando aí para as prefeituras, principalmente as capitais”, disse o candidato.
"Só estou há dois anos na vida pública. Nossa candidatura está crescendo, sou cada vez mais conhecido. Se tivesse mais duas semanas de campanha a gente teria mais força para disputar", complementou Ramagem.