Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Aviação

Bolsonaro ainda não definiu se vai vetar volta de bagagem gratuita em voos

Fiscalização de bagagem de mão no Aeroporto Afonso Pena
Fiscalização de bagagem de mão no Aeroporto Afonso Pena (Foto: Reynere Trovão/Gazeta do Povo)

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta sexta-feira, em café da manhã com jornalistas, que ainda avalia se vai vetar a volta da gratuidade para o despacho de bagagem em voos. Em duas ocasiões ele manifestou duas posições diferentes: primeiramente pela volta da gratuidade, no dia seguinte à aprovação da medida no Congresso, e depois pela manutenção da cobrança de bagagens, que está em vigor desde 2017.

O presidente afirmou que uma das possibilidades é sancionar o texto como veio do Congresso e editar, em seguida, uma nova medida provisória com regras específicas para aéreas de baixo custo, conhecidas como low cost.

O principal argumento de técnicos da Esplanada para defender o veto ao despacho gratuito de bagagens é que o modelo de negócios das low cost não comporta esse tipo de obrigação.

Em maio, o Congresso aprovou medida provisória que autoriza a participação de até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras. O texto também prevê gratuidade nos voos domésticos para bagagem de até 23 quilos em aviões com capacidade acima de 31 lugares.

|Prazo para decisão sobre bagagem vence na segunda

Bolsonaro tem até segunda-feira, para sancionar o texto. O chefe do Executivo tem a prerrogativa de vetar trechos da proposta. Segundo Bolsonaro, "politicamente" é melhor sancionar o texto da forma como foi aprovado no Congresso.

O trecho sobre a volta da franquia de bagagem não estava no texto original da MP, mas foi sugerido pelo relator da proposta, senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e, por meio de um destaque, aprovado pelos deputados e, em seguida, pelos senadores.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) criticou a mudança e disse que a versão final aprovada pelo Congresso contraria o objetivo inicial da MP editada pelo governo Bolsonaro de ampliar a competitividade no setor.

"Ao admitir o retorno ao antigo modelo de franquia mínima de bagagem, o texto retira do consumidor a alternativa de escolher a classe tarifária mais acessível, sem despacho de malas, preferida por dois terços dos passageiros desde a sua implementação, a partir de março de 2017, e novamente afasta o Brasil das práticas internacionais."

Nota da Abear

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.