O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze, disse que não deverá ocorrer neste ano um crescimento explosivo das vendas de carros bicombustíveis (movido a gasolina e a álcool), como vem acontecendo nos últimos anos. Segundo ele, boa parte dos consumidores já trocou o seu carro apenas a gasolina pelo movido pelos dois combustíveis.
- A tecnologia do bicombustível veio para ficar e as vendas devem crescer, mas em patamares menores-disse ele.
Segundo a Fenabrave, as vendas de automóveis flex, como são chamados, representaram em janeiro 77,88% do total comercializado, contra apenas 21,24% para os veículos a gasolina e 0,85% para os carros somente a álcool. O bicombustível começou a ser vendido no Brasil em março de 2003. O pico de vendas foi registrado em dezembro de 2005: 109.086 unidades. Já em janeiro foram apenas 83.364 carros de passeio. Somando automóveis e comerciais leves, as vendas chegaram a 91.535 unidades no mês passado.
A vantagem do veículo flex é a possibilidade de utilização do carro conforme a necessidade, ou melhor, o preço do combustível. O problema é que o preço do álcool vem subindo junto com as vendas de veículos flex. Os produtores de álcool alegam que o período é de entressafra e a retomada da produção está sendo prejudicada pelas chuvas. Segundo Reze, para o flex ser vantajoso, o preço do álcool precisa ser 65% menor do que o da gasolina.
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